Estudo da importância da cadeia lateral dos resíduos de aminoácidos da Angiotensina II, na ação biológica contra os esporozoítas da malária / Study of the importance of the side chain of amino acid residues of Angiotensin II, the biological action against malaria sporozoites

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

11/02/2011

RESUMO

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujo agente etiológico é o protozoário do gênero Plasmodium. Essa doença é transmitida por vetores, mosquitos do gênero Anopheles, destacando-se pela sua importância o A. darlingi. A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que 250-500 milhões de pessoas adquirem malária anualmente com, pelo menos, um milhão dos casos resultando em mortes. Recentes relatos sobre o efeito antimalárico de análogos da angiotensina II (AII) (Maciel, C., 2008; Chamlian, M., 2010) têm conduzido a novas pesquisas científicas, as quais consideram essas moléculas ―antimaláricos naturais‖, como ponto de partida para o desenho de novos compostos alternativos, com grande potencial de aplicação em biotecnologia. Em trabalhos anteriores, foram testados in vivo e in vitro, 30 análogos da AII, denominados Vaniceres (VC), os quais apresentaram ação antiesporozoítica considerável, se comparados à ação da AII (88%). No presente trabalho, elaboramos um amplo estudo dessa molécula, verificando a importância da cadeia lateral de todos os resíduos de aminoácidos para a atividade antiesporozoítica, através da substituição pontual desses resíduos por alanina (Ala). Os peptídeos utilizados nesse trabalho foram sintetizados pelo método da fase sólida, na estratégia t-Boc, purificados por HPLC e caracterizados por LC/ESI-MS. Para os estudos conformacionais dos análogos, foi empregada a técnica de CD. Os resultados demonstraram que alguns análogos apresentam a ação antiesporozoítica equipotente à AII, como os análogos 4 ([Ala6]-AII) e 5 ([Ala5]-AII), que apresentaram 80% e 74% de atividade, respectivamente. Os análogos 1, 7 e 9 (região carboxi-terminal amidada, [Ala3]-AII e [Ala1]-AII) também apresentaram um efeito biológico significativo, variando entre 62% a 66%. Os demais análogos 2, 3, 6 e 8 ([Ala8]-AII, [Ala7]-AII, [Ala4]-AII e [Ala1]-AII, respectivamente) apresentaram pouca atividade lítica na membrana do parasita, indicando que as substituições realizadas comprometem a ação desses análogos. Nos estudos de CD, os espectros observados sugerem que os análogos que adotam uma conformação em dobra-β, tendem a apresentar uma maior atividade antiesporozoítica, os quais estão em concordância com a conformação obtida para a angiotensina II nativa. Esse tipo de abordagem auxilia no entendimento da participação de cada resíduo de aminoácido na atividade biológica, abrindo novas perspectivas para o desenho de novos quimioterápicos, que possam contribuir com avanços para drogas eficazes

ASSUNTO(S)

quimica malária angiotensina ii esporozoítas plasmodium gallinaceum síntese de peptídeos estudo da estrutura-atividade malaria angiotensin ii sporozoites plasmodium gallinaceum peptide synthesis structure-activity relationship

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