Estudo da translocação bacteriana em um modelo experimental de hipertensão porta aguda e crônica / Bacterial translocation studyin acute and chronic portal hypertension experimental model

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/09/2009

RESUMO

A Hipertensão Porta (HP) é uma síndrome clínica que se manifesta com ascite, encefalopatia porto-sistêmica e hemorragia de varizes de esôfago, e estas alterações frequentemente se associam às infecções bacterianas e evoluem para o óbito. O predomínio de bactérias de origem entérica nestas infecções sugere a participação do fenômeno da translocação bacteriana (TB). Objetivo: Avaliar o efeito da hipertensão porta aguda e crônica no processo de TB. Métodos: Ratos Wistar-EPM (n=62) foram aleatoriamente distribuídos em 3 grupos: grupo TB e grupos hipertensão porta aguda (HPA) e crônica (HPC) associados à TB. A HP foi induzida por ligadura parcial da Porta e a TB foi realizada através da inoculação de bactéria E. coli R6 no intestino delgado nas concentrações 107 e 1010 UFC/ ml. Nos subgrupos controle foi injetada solução salina. Os parâmetros monitorizados foram: peso do baço, fluxo da Porta e recuperação de bactérias translocadas para os compartimentos linfonodo do mesentério, fígado, baço, pulmão, sangue e líquido peritoneal, duas horas após a indução da TB nos períodos 2 (HPA) e 14 (HPC) dias. Resultados: Quando o fator HPA foi associado à indução da TB com inóculo 1010 UFC/ml mostrou aumento no percentual de positividade e nos índices de recuperação bacteriana nos compartimentos extra-intestinais, além de translocar para os compartimentos pulmão e líquido peritoneal, sítios usualmente negativos à TB. Além disso, apresentou translocação mesmo com baixa concentração do inoculo (107UFC/ml)que habitualmente não propicia o processo de TB. Na fase crônica da HP observou-se menores índices de recuperação bacteriana quando comparados à fase aguda com ambos os inóculos. No entanto, persistiu a suscetibilidade à alocação bacteriana para o compartimento peritoneal. Conclusões: 1) O fator hipertensão porta modificou a intensidade, o limiar e o padrão de alocação de bactérias para os diferentes compartimentos extra-intestinais neste modelo de TB. 2) A fase aguda da hipertensão porta favoreceu o processo de TB além de promover a susceptibilidade do pulmão e da cavidade peritoneal à alocação bacteriana. 3) A fase crônica da hipertensão porta diminuiu a predisposição à translocação bacteriana em relação à fase aguda, entretanto manteve a suscetibilidade à alocação bacteriana para a cavidade peritoneal. 4) As diferenças entre as fases aguda e crônica da HP no processo de TB parecem ter relação com o processo de adaptação hemodinâmica tempo dependente.

ASSUNTO(S)

hipertensão porta translocação bacteriana galt inflamação sistema nervoso autônomo pediatria

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