Estudo de prevalencia e avaliação da suscetibilidade a antifungicos de especies de candida isoladas a partir de especimes clinicos de pacientes portadores de malignidades hematologicas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2002

RESUMO

Infecções oportunistas causadas por espécies de Candida tem aumentado susbstancialmente nos últimos 15 anos, tornando-se um problema cada vez maior em pacientes com câncer, especialmente entre receptores de transplante de medula óssea. Esse aumento tem sido largamente atribuído a neutropenia prolongada, ruptura da barreira mucosa por intensiva quimioterapia, uso de cateteres e antibiótico de amplo espectro, terapia com ciclosporina,DECH, hiperalimentação e estendidos períodos de hoapitalização. C albicans é isolada em cerca de 70 a 80% dos pacientes infectados, enquanto que, o isolamento e outras espécies de Candida era pouco frequente. Entretanto, dados mais recentes, relatam um aumento no isolamento de espécies não albicans, especialmente C glabrata, C tropicalis (5 a 8%), C parapsilosis e C krusei. Neste estudo foi possível observar alguma variações na incidência de C albicans, com acentuado decréscimo nos anos de 1999 e 2000, que coincide com um aumento no isolamento de C glabrata, assim como de C krusei, no último ano. A colonização do trato gastrintestinal e outras regiões corpóreas de modo geral precedem as infecções sistêmicas. Sendo a colonização em múltiplos locais, em contraste à colonização em um único local altamente preditiva para candidíase invasiva em pacientes neutropênicos. Avaliando a colonização por espécies de Candida em pacientes hematológicos, submetidos ou não a transplante de medula óssea, no período de 1996 a 2000, foi possível observar um predomínio de C albicans em SOF, SANAL, ESC e SNF. C glabrata e C krusei foram mais frequentemente isoladas de SANAL e SOF. Cepas de C parapsilosis predominaram em SOF, SNF, SANAL e CAT, enquanto que C tropicalis em SOF, SANAL e SNF. Teste de suscetibilidade a antifiíngicos foram realizados pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com NCCLS M27-A (1997). De modo geral frente a fluconazo4 94% das cepas de C. krusei e 46,8% das de C. glabratta podem ser consideradas resistentes. Cem por cento das cepas de C. lusitaniae e 66,7% das de C. tropicalis são SDD. Frente a itraconazo4 72,3% das cepas de C. glabrata e 29,4% das de C. krusei podem ser consideradas resistentes. Cinquenta por cento das cepas de C. lusitaniae e 47% de C. krusei são SDD. Com relação a anfotericina B, 29,4% das cepas de C. krusei podem ser consideradas resistentes

ASSUNTO(S)

leveduras (fungos) - engenharia genetica medula ossea - transplante

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