Estudo descritivo de prevalencia, apresentação clinica e evolução dos pacientes com hemorragia digestiva alta por varizes esofagogastricas atendidos na urgencia no Hospital das Clinicas/UNICAMP no periodo de 1995 a 2000
AUTOR(ES)
Elio Rodrigues da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003
RESUMO
o autor apresenta um estudo descritivo, retrospectivo, realizado a partir da análise dos prontuários de 769 pacientes com HDA, dos quais 220 tinham, como motivo do atendimento no setor de urgência do HC-UNICAMP, quadro clínico de lIDA por varizes esofagogástricas no período de 1995 a 2000. As varizes esofagogástricas, presente em 28,6% dos casos, foram a segunda causa de hemorragia digestiva alta (lIDA). Observou-se prevalência entre a terceira e quinta décadas de vida, com pico na quarta década (29,2%), sendo 76,8% deles do sexo masculino. Houve associação de hematêmese e melena na admissão em 57,7% dos pacientes, com ascite presente em 48,2% dos mesmos. A maioria deles foram classificados como Child B na admissão (40%). O exame endoscópico, em até 24 horas, foi realizado em 96,8% dos casos, tendo evidenciado, segundo a classificação de Osaka (1979), varizes F3 (38,5%), CB (25,1%), RCS (12,6%), sendo 41,5% localizadas no terço médio do esôfago. O tratamento farmacológico mais utilizado foi o octreotida em 45,9% dos casos, com eficácia em 74,2% dos pacientes. O tamponamento com balão de Sengstaken-Blakemore, foi realizado em 30,5% dos pacientes, tendo sido observado que 69,7% daqueles com resposta insatisfatória evoluíram para óbito. O tratamento endoscópico foi efetuado em 41,8% dos casos com eficácia de 81,5%. A escleroterapia foi utilizada em 60,9%, sendo o oleato de etanolamina o esclerosante mais utilizado. A cirurgia de emergência foi realizada em apenas 8,6% dos pacientes, controlando a hemorragia em 78,9% dos casos. A mortalidade durante o período de admissão foi de 2,3%, subindo para 14,6% na fase de internação. Houve um significante número de óbitos naqueles pacientes que apresentaram ineficácia no tratamento aplicado. A sobrevida após o primeiro ano foi de 85% para Child A, 55% para Child B e 47% para Child C, com diferença significativa de sobrevida ao final do primeiro ano. Pode se concluir que as VEG são importante causa de lIDA, havendo diferença significativa de sobrevida de acordo com a classificação de Child- Turcotte-Pugh na admissão
ASSUNTO(S)
aparelho digestivo - doenças aparelho digestivo - cirurgia hipertensão portal
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000300932Documentos Relacionados
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