Estudo químico dos organismos marinhos Aplysina fistularis Pallas e Sargassum polyceratium Montagne.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

06/08/2012

RESUMO

As algas e as esponjas marinhas têm sido alvos de pesquisas científicas importantes nos últimos 50 anos, de onde foram isolados e caracterizados um grande número de metabólitos secundários, com ampla variedade estrutural, determinadas substâncias podem caracterizar as classes de algas e esponjas, fato de grande importância para os químicos, taxonomistas e ecologistas. Estas substâncias exercem inúmeras atividades biológicas, como: defesa contra consumidores, competidores, organismos coloniais e patógenos ou apresentam função reprodutiva. Este trabalho descreve os resultados do estudo químico dos organismos marinhos Sargassum polyceratium Montagne e Aplysina fistularis Pallas, uma alga marinha da família Sargassaceae e uma esponja marinha da família Aplysinidae, respectivamente. Os constituintes químicos foram identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como infravermelho, massas e ressonância magnética nuclear de 1H e 13Cuni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura. Da espécie S. polyceratium foram isolados os derivados porfirínicos: 132-hidroxi-(132-R)-feofitina a, 132- hidroxi-(132-S)-feofitina a, feofitina a e o esteróide fucosterol. O estudo químico da A.fistularis resultou no reisolamento do alcaloide e da acetamida: 2-(3,5-dibromo-4- metoxifenil)-N,N,N-trimetiletanamônio e (3,5-dibromo-4-etoxi-1-hidroxi-4-metoxicicloexa-2,5-dienila) acetamida, e no isolamento do alcaloide 3,5-dibromo-4-[3dimetilamônio]propoxifenil]-N,N,N-trimetiletanamônio (aplysfistularina), aqui descrito pela primeira vez. A avaliação dos efeitos psicofarmacológicos do extrato etanólico do S. polyceratium induziu alterações comportamentais, do tipo depressora do SNC. Os extratos etanólico, hexânico, diclorometânico e a mistura (132-hidroxi-(132-R)-feofitina a e 132-hidroxi-(132-S)-feofitina a) não foram capazes de inibir o crescimento das linhagens testadas, apresentando atividade antimicrobiana negativa. Porém foram capazes de modificar a atividade antibiótica, diminuindo entre 2x à 4x a resistência bacteriana. As substâncias isoladas da A. fistularis mostraram inibição da enzima DNA Topoisomerase II-α, sendo necessárias outras avaliações biológicas para determinar a potência dos compostos. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico dos organismos marinhos das espécies S. polyceratium e A. fistularis.

ASSUNTO(S)

estudo químico aplysina fistularis sargassum polyceratium aplysinidae sargassaceae organismos marinhos farmacia sargassaceae marine organisms aplysinidae sargassum polyceratium aplysina fistularis chemical study

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