Estudo Vascular Funcional em Hipertensos com Diabetes Tipo 2 em uso de Losartana ou Anlodipina

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/07/2014

RESUMO

Fundamento: A escolha dos fármacos anti-hipertensivos no tratamento de hipertensos diabéticos tem como objetivos o controle da pressão arterial (PA) e a redução das complicações macro/microvasculares. Objetivos: O objetivo deste estudo foi comparar as alterações vasculares funcionais em pacientes hipertensos e diabéticos tipo 2 após seis semanas de anlodipina ou losartana. Métodos: Pacientes com diagnóstico prévio de hipertensão arterial e diabetes melito tipo 2 foram randomizados e divididos em dois grupos, sendo avaliados na sexta semana de uso de losartana 100 mg/dia ou anlodipina 5 mg/dia, com medida da PA, realização de monitoração ambulatorial da pressão arterial e testes para avaliação de parâmetros vasculares, como tonometria de aplanação, velocidade de onda de pulso (VOP) e dilatação mediada por fluxo (DMF) da artéria braquial. Resultados: Foram incluídos 42 pacientes, 21 em cada grupo, com predominância do sexo feminino (71%) nos dois grupos. Os grupos anlodipina e losartana apresentaram média de idade semelhante (54,9 ± 4,5 e 54,0 ± 6,9 anos, respectivamente) e sem diferença estatística na média da PA (145 ± 14/84 ± 8 e 153 ± 19/90 ± 9 mmHg). O augmentation index (30 ± 9% × 36 ± 8%, p = 0,025), assim como a augmentation pressure (16 ± 6 mmHg × 20 ± 8 mmHg, p = 0,045) foram menores no grupo anlodipina que no grupo losartana. Os valores obtidos para VOP e DMF foram semelhantes nos dois grupos. Conclusões: Em hipertensos e diabéticos tipo 2, o uso de anlodipina demonstrou um padrão de reflexão da onda de pulso mais favorável nesse grupo, mas o uso de losartana pode estar associado com ações vasculares independentes do efeito pressórico.

ASSUNTO(S)

hipertensão / complicações diabetes melito tipo 2 / complicações aterosclerose endotélio / fisiopatologia losartana / uso terapêutico anlodipina / uso terapêutico

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