Cunha, Carolina Ortigosa, Pinto-Fiamengui, Lívia Maria Sales, Sampaio, Fernanda Araújo, Conti, Paulo César Rodrigues
2016RESUMO JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Vários estudos têm demonstrado a importância de utilização de estratégias biopsicossociais, incluindo terapias farmacológicas e não farmacológicas, para reduzir a dor em pacientes com dor orofacial. O envolvimento da modulação da dor durante o exercício aeróbico contribui para o uso dessa modalidade como parte de programas de reabilitação para pacientes com dor crônica. Estudos demonstram que o exercício aeróbico pode aumentar o nível de vários neurotransmissores tais como serotonina, dopamina, acetilcolina e norepinefrina. A realidade é que ele ativa os sistemas endocanabinóide e opioide endógeno, envolvidos no sistema de modulação de dor. O efeito da atividade física na percepção da dor é comumente denominado hipoalgesia induzida por exercício. O objetivo deste estudo foi discutir o uso do fenômeno da hipoalgesia induzida por exercício como parte do tratamento da dor crônica, incluindo a dor orofacial. CONTEÚDO: Pesquisas abrangentes na base de dados Pubmed, Medline, Web of Science e Scopus foram realizadas utilizando as palavras-chave: exercício físico, exercício aeróbico, hipoalgesia induzida por exercício, analgesia induzida por exercício e dor orofacial/dor orofacial crônica. CONCLUSÃO: O exercício não precisa ser de alta intensidade para se obter efeito sobre o controle da dor. Embora alguns estudos comprovem que alguns pacientes com dor crônica tem a capacidade de se exercitarem em intensidades e durações de exercício que induzem a hipoalgesia induzida por exercício, a tolerância ao exercício e seus efeitos em populações de pacientes crônicos ainda exigem mais estudos e investigações para esclarecer e ampliar a compreensão do mecanismo da hipoalgesia induzida por exercício.