Exposição a agrotóxicos e eventos adversos na gravidez no Sul do Brasil, 1996-2000
AUTOR(ES)
Cremonese, Cleber, Freire, Carmen, Meyer, Armando, Koifman, Sergio
FONTE
Cadernos de Saúde Pública
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-07
RESUMO
O Brasil é o primeiro mercado mundial consumidor de agrotóxicos. Evidências epidemiológicas apontam associação entre exposição materna a agrotóxicos e eventos adversos na gravidez. Realizou-se um estudo ecológico para investigar possíveis associações entre o consumo per capita de agrotóxicos por microrregiões e eventos adversos em nascidos vivos na Região Sul do Brasil no período 1996-2000. Dados foram obtidos junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Microrregiões foram agrupadas segundo quartis de consumo de agrotóxicos e foram calculadas razões de prevalência (RP). O teste qui-quadrado foi usado para calcular o valor de p de tendência lineal. Nas microrregiões de maior consumo de agrotóxicos nascimentos prematuros (< 22 semanas) e de índice de Apgar 1º e 5º minuto insatisfatório (< 8) apresentaram RP significativamente maiores, tanto em meninos como em meninas. Não foi observado um padrão similar em relação a baixo peso ao nascer. Estes achados sugerem a exposição intraútero a agrotóxicos como possível fator de risco para eventos adversos na gravidez, como parto prematuro e maturação inadequada.
ASSUNTO(S)
praguicidas gravidez Índice de apgar
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