Fatores de risco e prognóstico em 100 pacientes com hemorragia subaracnóidea por rutura de aneurisma
AUTOR(ES)
Bonilha, Leonardo, Marques, Edilson L., Carelli, Edmur F., Fernandes, Yvens B., Cardoso, Arquimedes C., Maldaum, Marcos V.M., Borges, Guilherme
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2001-09
RESUMO
OBJETIVO: Resultado do tratamento de pacientes com hemorragia subaracnóidea (HSA) decorrente de ruptura aneurismática foi avaliado e comparado a variáveis pré-operatórias como história médica pregressa, condição clínica da HSA, achados à tomografia computadorizada (TC) e local de sangramento. MÉTODO: Avaliamos 100 pacientes consecutivos com HSA por ruptura de aneurisma. Variáveis avaliadas foram gênero, cor, história de hipertensão arterial sistêmica e tabagismo, tamanho e local de aneurisma, pontuação à escala de Hunt-Hess à admissão e no momento antes da cirurgia, necessidade de derivação liquórica, presença de complicações durante a cirurgia, escala de resultado de Glasgow (GOS), presença de vasoespasmo e ressangramento. Dados obtidos foram comparados estatisticamente com resultado do tratamento. Testes de qui-quadrado ou Fisher foram aplicados usando coeficiente ponderado kappa. Teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparação de variáveis contínuas. Tendência de proporção foi analisada através do teste de Cochran-Armitage. O nível de significância adotado foi 5%. RESULTADOS: Os pacientes estudados foram predominantemente mulheres brancas sem história de hipertensão ou tabagismo. À admissão hospitalar, grau 2 na escala de Hunt-Hess foi mais frequente (34%), enquanto grau 3 na escala de Fisher foi mais prevalente. Aneurismas mais frequentes foram únicos na circulação anterior, entre 12 e 24 mm. A pontuação na escala de GOS mais frequente foi 5 (60%). Pontuação na escala de Hunt-Hess avaliada no momento da cirurgia e presença de complicações cirúrgicas tiveram correlação positiva com resultado de tratamento (p=0,00002 e p=0,001, respectivamente). As demais variáveis não se mostraram correlacionadas com prognóstico. Tendência de proporção foi observada entre as escalas de Hunt-Hess e Fisher. CONCLUSÃO: Dentre 1-variáveis epidemiológicas, 2-história médica pregressa e 3-condições clínicas da HSA, a pontuação na escala de Hunt-Hess no momento da cirurgia e a presença de complicações cirúrgicas são estatisticamente correlacionadas com resultado de tratamento.
ASSUNTO(S)
aneurisma cerebral hemorragia subaracnóidea evolução
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