Fatores determinantes de complicações do tubo gastrico isoperistaltico para a reconstrução da faringe
AUTOR(ES)
Jose Gonzaga Teixeira de Camargo
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
Com o objetivo de analisar as complicações do tubo gástrico isoperistáltico na reconstrução de faringe os autores analisaram retrospectivamente 16 pacientes submetidos a faringolaringectomia total (FL) no período de julho de 1997 a dezembro de 2000. Todos os pacientes eram dos sexo masculino, idades entre os 38-74 anos (média 54), sendo nove eutróficos e sete desnutridos. Onze pacientes apresentavam lesão primária no seio piriforme, dois na área retrocricóideia, um na epiglote e duas recidivas (base da língua e faringe). Todos eram estadio IV. Quatro pacientes apresentavam tratamento prévio, três com cirurgia e um com radioterapia. Em dez pacientes foram realizadas faringolaringectomia total + esofagectomia cervical com esvaziamento linfonodal bilateral, em três faringolaringectomia total + esofagectomia cervical + esvaziamento cervical unilateral; em um faringectomia total e esofagectomia cervical; glossectomia total com faringectomia total + esofagectomia cervical em um paciente e a rotação do tubo gástrico em um paciente. O tempo cirúrgico variou de duas horas e trinta minutos a oito horas (média cinco horas). Somente um paciente não apresentou complicações. A complicação cirúrgica mais freqüente foi a fístula em doze pacientes (75%), seguida da deiscência em cinco (31,2%). As complicações clínicas ocorreram em 37,5% dos pacientes, sendo a mais freqüente a broncopneumonia em quatro casos (25%). O tempo de internação variou de cinco a 20 dias com média de oito dias. Dois pacientes faleceram, um de sepsis abdominal e outro por acidente vascular cerebral. Os dados foram submetidos a análise estatística. Concluímos que o tempo cirúrgico é um fator determinante de complicações, existe uma tendência dos pacientes com idades acima de 74 anos de apresentar complicações. As demais variáveis estudadas: idade, estado nutricional, confecção de retalhos, esplenectomias e tratamento prévio (radioterapia) não implicam necessariamente em complicações. Assim, não constituem fatores limitantes para utilização do tubo gástrico isoperistáltico com vistas à reconstrução da faringe e esôfago cervical
ASSUNTO(S)
faringe - cirurgia esofago - cirurgia esophagus pharynx
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000341495Documentos Relacionados
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