Fauna de simulídeos (diptera : simuliidae) do Ribeirão Guaravera e afluentes, distrito de Guaravera, Londrina, Paraná

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/03/2008

RESUMO

Os simulídeos são dípteros nematóceros conhecidos popularmente no Brasil como borrachudos ou piuns. Os imaturos dos borrachudos se desenvolvem em rios e córregos, afixados sobre substratos vegetais e minerais presentes nos pontos de correntezas. Neste trabalho, foram realizados o levantamento de espécies de borrachudos e o estudo de alguns dos principais fatores abióticos que poderiam influenciar a distribuição espacial dos imaturos das espécies na área estudada. Os imaturos foram coletados em substratos artificiais (fitas de polietileno e polipropileno) instalados nos pontos de corredeira no baixo curso do ribeirão Guaravera e em três de seus afluentes, entre Janeiro e Outubro de 2007. Nos meses de Julho e Outubro, procedeu-se a coleta de imaturos em substratos vegetais e minerais, além dos amostrados em fitas. Em cada ponto de coleta foram levantados dados de largura, profundidade, pH, temperatura, condutividade e grau de preservação da vegetação ripária. Ao longo do período de estudo foram coletadas 17 espécies de borrachudos, sendo seis, novos registros para o estado do Paraná citadas a seguir: Simulium spinibranchium Lutz, 1910; Simulium botulibranchium Lutz, 1910; Simulium travassosi d’Andretta &d’Andretta, 1947; Simulium anamariae Vulcano, 1962; Simulium brachycladum Lutz &Pinto, 1932 e Simulium metallicum s.l. Bellardi, 1859. As demais espécies coletadas foram Simulium perflavum Roubaud, 1906; Simulium distinctum Lutz, 1910; Simulium pertinax Kollar, 1832; Simulium subpallidum Lutz, 1910; Simulium rubrithorax Lutz, 1909; Simulium pruinosum Lutz, 1910; Simulium inaequale Paterson &Shannon, 1927; Simulium subnigrum Lutz, 1910; Simulium incrustatum Lutz, 1910; Simulium lutzianum s.l. Pinto, 1932 e Simulium orbitale Lutz, 1910. A análise de correspondência canônica mostrou que, entre as variáveis abióticas medidas, a largura, a profundidade, a condutividade e a temperatura da água foram aquelas que melhor explicaram a distribuição das espécies nos pontos de amostragem. Foram observadas variações sazonais da abundância relativa das espécies, de modo que a ocorrência se deu de forma permanente ou estacional, dependendo da espécie e do criadouro. Os resultados mostram que os simulídeos respondem às modificações espaciais e temporais do ambiente, de modo que cada espécie apresenta exigências diferentes em relação às características físicoquímicas e ambientais dos cursos d’água.

ASSUNTO(S)

díptero fauna do rio dipterous fauna river

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