Fenologia e relaÃÃes abelhas/plantas em uma comunidade de mata Serrana (Brejo de Altitude) no Nordeste do Brasil

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

O trabalho foi desenvolvido no Parque EcolÃgico JoÃo Vasconcelos Sobrinho (PEJVS) (8Â18â36ââS, 36Â00â00ââW), situado a 12 Km do municÃpio de Caruaru/PE, Agreste de Pernambuco. Neste trabalho objetivou-se conhecer os padrÃes fenolÃgicos de representantes da flora de Brejos de Altitude e sua relaÃÃo com fatores abiÃticos e biÃticos. Foram observadas as fenofases de brotamento, queda de folhas, floraÃÃo e frutificaÃÃo em 58 espÃcies arbÃreas de 34 famÃlias e 51 gÃneros. As coletas e observaÃÃes fenolÃgicas foram realizadas em intervalos quinzenais, no perÃodo de maio de 1998 a maio de 2001. Das 58 espÃcies acompanhadas na Ãrea de estudo, 57% perderam folhas entre outubrodezembro (perÃodo seco); o fluxo de produÃÃo de folhas novas ocorreu moderadamente durante todo o ano, com maior produÃÃo iniciando em junho (perÃodo Ãmido), prolongando-se durante a estaÃÃo seca, com o maior pico registrado entre outubro-novembro (59% das espÃcies). Observou-se 32 (60,37%) espÃcies semi-decÃduas, 16 (30,18%) perenifÃlias e 5 (9,43%) decÃduas. Foram observadas espÃcies florescendo e frutificando durante todo o ano. A partir de outubro e principalmente durante dezembro e janeiro, 75% das espÃcies estavam em flor. A estratÃgia de floraÃÃo mais comum no Parque EcolÃgico Vasconcelos Sobrinho foi a "anual sazonal" encontrada em 24 espÃcies (53,3%), seguido por "anual breve" (explosiva) em 16 espÃcies (35,5%), "anual longa" em 4 espÃcies (8,8%) e a "contÃnua" que foi encontrada em apenas 1 espÃcie (2,2%). As espÃcies estudadas apresentam-se com flores, na sua maioria, por um perÃodo de 2 meses. O pico de frutificaÃÃo sucedeu o de floraÃÃo, com maior nÃmero de espÃcies com frutos em fevereiro-marÃo. O padrÃo geral de frutificaÃÃo foi sazonal. Quanto Ãs estratÃgias de dispersÃo, as espÃcies zoocÃricas representaram 66% do total, as anemocÃricas 20,4% e as autocÃricas 13,6%. As espÃcies estudadas no PEJVS apresentaram, uma visÃvel periodicidade dos eventos fenolÃgicos durante o ano. Esses padrÃes fenolÃgicos acompanharam os eventos climÃticos, evidenciando a influÃncia dos fatores abiÃticos, principalmente da precipitaÃÃo

ASSUNTO(S)

phenology fenologia sÃndromes de dispersÃo tropical forests Ãrvores brejos de altitude nordeste do brasil anatomia vegetal atlantic forest trees northeastern brazil dispersal syndromes floresta tropical

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