Filho de tigre sai pintado : medicina, hereditariedade e identidade nacional em textos de Erico Verríssimo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Busquei compreender de que forma textos de Erico Verissimo (década de 1930) dialogaram com temas correntes das medicinas higienista e eugenista, das quais tradicionalmente se enfatizam aspectos autoritários e vinculação ao Estado Novo. O autor utilizou premissas médicas para apontar soluções a desequilíbrios sociais em seus textos, assim como uma profusão de imagens de decomposição, degeneração, decadência física e do meio. Em seus livros, o oposto da doença (física e social), mais que a saúde, parece ser a medicina. Uma aparente contradição se apresenta, pois o autor sempre se destacou pela crítica à arbitrariedade e ao autoritarismo. Nesse sentido, abordei o debate sobre adesões de artistas e intelectuais a projetos governamentais na era Vargas, entendendo que suas motivações foram variadas. Da mesma forma, tratei do destaque dado a saúde - desde as campanhas higienistas -, educação e literatura na construção da identidade nacional, convergindo na preocupação com o futuro das novas gerações. Premissas filosóficas e científicas do século 19 e a literatura naturalista de Émile Zola também foram analisadas, pois abriram espaço definitivo para a compreensão do mundo e intervenção social, essenciais às elaborações científicas e artísticas das primeiras décadas do século 20.

ASSUNTO(S)

medicina - aspectos sociais criticism and interpretation verissimo, erico - 1905-1975 - crítica e interpretação história eugenia brasil - - historia - estado novo - 1937-1945 naturalismo historia

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