Freqüência de hemolisinas anti-A e anti-B em doadores de sangue de Itapeva e Ourinhos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

Uma transfusão de sangue com o tipo ABO incorreto pode resultar na morte do paciente, com reação hemolítica intravascular, seguida de alterações imunológicas e bioquímicas. Considerando a pequena quantidade de estudos sobre as hemolisinas anti-A e anti-B e a importância desses anticorpos na prática transfusional, o objetivo deste trabalho foi verificar a frequência dessas hemolisinas e a associação a fatores como etnia e gênero em doadores de sangue dos bancos de sangue dos municípios de Itapeva e de Ourinhos, no interior do estado de São Paulo. Foram analisadas todas as amostras de doadores tipo O cadastradas nos bancos de sangue, com elevado nível plasmático de hemolisinas (doadores considerados perigosos). Coletaram-se os dados relativos à frequência das hemolisinas, etnia, gênero e procedência destes doadores. A frequência de doadores de sangue do grupo sanguíneo O perigosos é de 1,2% em Itapeva e de 5,3% em Ourinhos. Na cidade de Ourinhos, o risco de um doador branco ter hemolisina positiva é 2,16 vezes maior do que para outros doadores, e na cidade de Itapeva notou-se que o risco é menor para brancos do que para outros doadores. Em relação ao gênero, em Ourinhos o risco de um doador ter hemolisina positiva é 1,82 vezes maior para o gênero masculino, e na cidade de Itapeva, o risco foi maior para doadores do gênero feminino. A relação entre o gênero, a etnia e a frequência de hemolisinas foi diferente nas duas cidades. Mesmo assim, destaca-se a importância dos bancos de sangue estarem atentos às características de prevalência deste tipo de doador.

ASSUNTO(S)

hemolisinas doador o perigoso reação transfusional anticorpos abo hemolíticos

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