Função ovariana depois do aborto induzido atraves do anti-hormonio RU-486 associado a um analogo de prostaglandina

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1992

RESUMO

Dezoito mulheres, atendidas no Hospital Gineco-Obstétrico "América Arias", Havana - Cuba, solicitaram interrupção legal da gravidez e elegeram como método abortivo o RU-486 associado a um análogo de prostaglandina (gemeprost). O seguimento das pacientes começou 48 horas após a ingestão do RU-486, e, a partir deste dia, se coletou sangue de duas a três vezes por semana, até a data da primeira menstruação espontânea referida pela mulher. Quantificaram-se, através de radioimunensaio, os níveis plasmáticos de gonadotrofina coriônica, hormônio luteinizante, hormônio folículo estimulante, estradiol e progesterona em todo o primeiro ciclo pós-aborto. Treze pacientes concluíram o estudo. As análises hormonais foram realizadas nos Laboratórios do Instituto Nacional de Endocrinologia de Cuba, utilizando os reativos e a metodologia oferecidos pelo Programa Especial de Reprodução Humana da organização Mundial da Saúde. Os resultados demonstraram que ocorre a recuperação da função ovariana no primeiro ciclo menstrual após o aborto, observando-se padrão hormonal sugestivo de ovulação em 61,5% dos casos, porém com características ovulatórias distintas ao observado em mulheres cubanas férteis que menstruavam ciclicamente. Apesar destas diferenças, houve concordância com as observações da literatura após o aborto induzido através dos métodos tradicionais, e reafirmou-se a necessidade de orientação anticoncepcional no período pós-aborto imediato.

ASSUNTO(S)

aborto terapeutico ovarios - fisiologia

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