Genetica e produção de amiloglicosidase em Aspergillus awamori e no hibrido interespecifico com Aspergillus niger

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1987

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivos principais, verificar a ocorrência do ciclo parassexual em Aspergillus awamori, testar a produção de amiloglicosidase dos derivativos, mutantes e diplóides obtidos e realizar o cruzamento interespecífico com A. niger. Além desses, estudos foram desenvolvidos com a instabilidade apresentada por A. awamori.. A linhagem NRRL 3112 segrega conídios pro e forma setores espontaneamente. Este comportamento não seria o esperado para um clone e sugere a existência de heterozigose para as características estudadas, a qual poderia estar contida numa duplicação parcial ou total de genoma. Mutantes auxotróficos e morfológicos de Á. awamori foram conseguidos utilizando-se os métodos de isolamento total e de enriquecimento por filtração. Este último mostrou freqüências de isolamento 12 vezes maiores. Mutantes resistentes ao Brometo de Etídio também foram isolados, mas somente após indução com luz ultravioleta. Os mutantes foram utilizados em cruzamentos que permitiram verificar a ocorrência do ciclo parassexual. Através da análise dos segregantes, pode ser evidenciada ligação entre os genes etbl, grel bwnl; morl, arg2 e leul, mor2. O gene pabl segregou independentemente e, assim, foi possível sugerir 4 como o numero mínimo de grupos de ligação nessa espécie. Entre os critérios não geneticos utilizados na caracterização, o diâmetro de conídios e o tratamento com Benlate mostraram-se eficientes para separar haplóides de diplóides. O método de extração e quantificação de DNA por núcleo também foi adequado para esse fim. Com relação ã enzima, o primeiro passo foi averiguar se o método empregado estava medindo a atividade da amiloglicosidase, fato que foi confirmado fazendo o teste com o inibidor e a dextrina limite. Foi constatada uma relação inversamente proporcional entre a porcentagem de segregação de conídios pro e a produção de amiloglicosidase. Só foi possível obter o cruzamento entre A. awamori e Á. niger através de fu são de protoplastos. A freqüência de formação de colônias prototróficas foi relativamente baixa, situando-se na faixa de 0,6%, possivelmente devido ao pequeno número de protoplastos utilizados para a fusão e a um provável efeito tóxico diferencial do agente fusogênico utilizado. As colônias prototróficas isoladas inicialmente puderam ser classificadas como heterocarióticas. A partir destas, o produto de fusão híbrido foi obtido na forma de setores que exibiam complementação entre as marcas genéticas das parentais. Através da análise do híbrido, pode ser evidenciada ligação entre os genes nicl, 0lv2, bwnl, amy, pro. Houve distribuição ao acaso dos grupos de ligação, semelhante ao esperado para um diplóide intra - específico sugerindo alto grau de homologia cromossômica entre as duas espécies. Os mesmos critérios de caracterização utilizados com sucesso para separar linhagens haplóides de diplóides. nos cruzamentos intra-específicos foram adotados e também nesse caso mostraram resultados satisfatórios

ASSUNTO(S)

enzimas aspergillus niger genetica

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