GeoquÃmica de carbonatos da plataforma continental nordeste do Brasil
AUTOR(ES)
Wanessa Sousa Marques
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Com o objetivo de detectar sinais geoquÃmicos de diagÃnese meteÃrica em sedimentos relÃquia, localizados em profundidades inferidas em estudos anteriores como correspondentes a antigas linhas de costa, ao longo da plataforma continental do CearÃ; alÃm de estudar a distribuiÃÃo dos Ãxidos principais analisados em sedimento total em sedimentos de plataforma de outros estados do nordeste, foram realizadas anÃlises quÃmicas, e de isÃtopos estÃveis de carbono e oxigÃnio em 208 amostras coletadas ente as profundidades de 0,5 a 80 metros, entre os estados do Cearà e Sergipe. Foram identificandas tambÃm paragÃneses minerais correspondentes Ãs fÃcies terrÃgena e carbonatica, influenciadas pela contribuiÃÃo sedimentolÃgica do embasamento cristalino do continente adjacente, e pela diadocia de cÃlcio por magnÃsio, respectivamente. Os resultados analÃticos mostraram a influÃncia da natureza fÃlsica do embasamento cristalino da Ãrea continental adjacente sobre a fÃcies terrÃgena dos sedimentos plataformais em questÃo. Um outro ponto observado foi que a biota bentÃnica produtora de calcita com alto magnÃsio parece estar associada ao substrato com alta fraÃÃo terrÃgeno-quarzosa, ou seja, ao substrato referente a Ãguas rasas. Como esta relaÃÃo mostrou-se independente da profundidade, concluiu-se que foram estudados, alÃm de sedimentos recentes, sedimentos reliquiais, presentes ao longo da plataforma continental nordeste do Brasil. IndicaÃÃes de diagÃnese meteÃrica foram comprovadas em sedimentos de fundo da plataforma continental do Estado do CearÃ, em profundidades onde existiriam sedimentos relÃquia, correspondentes a retrabalhamento de antigas linhas de costa, em profundidades de 20 a 25m e 45m abaixo da atual. Essas evidÃncias incluem, nesses nÃveis de profundidade, teores mÃdios mais elevados de sÃlica livre (% de quartzo), Mn e Fe, em sedimento total, associados a valores isotÃpicos mais baixos em δ13C e δ18O, a partir de testas de foraminÃferos bentÃnicos das espÃcies Amphistegina radiata e Peneroplis planatus. Associadas a essas caracterÃsticas, paragÃneses de Mg calcita com distintos graus de diadocia à eventualmente associada ao domÃnio de 80 metros de profundidade. A combinaÃÃo desses fatores geoquÃmicos e mineralÃgicos nÃo à sempre completa por causa da mistura entre sedimentos relÃquia e atuais, ambos sendo formados em condiÃÃes ambientais distintas, devido à progressÃo da TransgressÃo Flandriana, ainda em evoluÃÃo nos dias de hoje
ASSUNTO(S)
calcita magnesiana biogenic carbonates relict sediments isÃtopos de carbono e oxigÃnio geociencias nordeste do brasil diagÃnese meteÃrica sedimentos relÃquia meteoric diagenesis mg calcite continental shelf northeastern brazil plataforma continental carbon and oxygen isotopes carbonatos biogÃnicos
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