Grau de percepção e incômodo quanto à condição facial em indivíduos com paralisia facial periférica na fase de seqüelas
AUTOR(ES)
Freitas, Kátia Cristina Silva de, Gómez, Maria Valéria Goffi
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-06
RESUMO
OBJETIVO: Correlacionar a auto-avaliação da condição facial do paciente, o grau de incômodo quanto às seqüelas e de prejuízo em atitudes diárias com os dados encontrados na avaliação fonoaudiológica. MÉTODOS: Participaram da pesquisa 29 indivíduos, de ambos os sexos, média de idade de 46 anos, com média de 5,9 sessões de fonoterapia. Realizou-se avaliação fonoaudiológica da simetria e da movimentação da face e verificou-se a presença de sincinesias e contraturas por meio de instrumento publicado e padronizado. Além disso, realizou-se uma entrevista por meio de perguntas fechadas que permitiram a graduação da opinião do paciente quanto à sua própria face e influência desse problema em suas atividades sociais e profissionais. RESULTADOS: Encontrou-se concordância quanto à auto-avaliação do paciente e a avaliação fonoaudiológica (p=0,0029), porém essa correlação não esteve presente em pacientes com menos de três sessões de fonoterapia. Não houve correlação significante entre o grau de sincinesia/contratura e o grau de incômodo referido pelo paciente, assim como o prejuízo em atividades sociais e profissionais não foi associado ao grau de paralisia, sincinesia, ou contratura. No entanto, houve correlação fraca com tendência à significação (r=-0,3250/p=0,085) quando comparou-se a auto-avaliação do paciente com o grau de prejuízo referido. CONCLUSÕES: A autopercepção da condição facial nem sempre é concordante entre o profissional e o paciente, sendo que essa concordância aumenta em pacientes com maior tempo de terapia. Por outro lado, o impacto da condição facial na vida do paciente parece não depender do grau das seqüelas.
ASSUNTO(S)
paralisia facial sincinesia contratura impacto psicossocial relações interpessoais qualidade de vida perfil de impacto da doença auto-avaliação
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