Gravidez da adolescente no estado do espírito santo: Aspectos da gestação, parto e repercussões sobre o recém-nascido

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

15/12/2009

RESUMO

Objetivos: avaliar aspectos da gestação, parto da adolescente e da mulher adulta e as repercussões neonatais. Verificar associação entre a idade da mãe adolescente e adulta com os resultados neonatais: escore de Apgar no primeiro minuto de vida, escore de Apgar no quinto minuto de vida, baixo peso, prematuridade e anomalia fetal. Metodologia: estudo transversal, de base populacional, descritivo e analítico, com o banco de dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do estado do Espírito Santo, em 2007. As variáveis pesquisadas foram as da declaração de nascimentos. As mães adolescentes de 10-14 e 15-19 anos foram comparadas entre si e com as mães de 20-34 anos. Foram realizadas análise descritiva seguida de univariada e multivariada. Resultados: ocorreram 20% (9.780) de nascidos vivos de mães adolescentes no Espírito Santo, em 2007. Quando comparadas as mães adolescentes de 10 a 14 anos e 20 a 34 anos com as demais características em estudo, observou-se diferença com significância estatística (valor-p0,05) para escolaridade por grupo, estado civil, número de filhos vivos, número de filhos mortos, número de consultas, tipo de parto, Apgar no primeiro minuto de vida, baixo peso ao nascer, prematuridade e tipo de hospital. Comparações da mãe adolescente de 15 a 19 anos e 20 a 34 anos com as demais características de interesse revelaram diferença com significância estatística (valor-p0,05) para estado civil, escolaridade, número de filhos vivos, número de filhos mortos, número de consultas, tipo de gravidez, tipo de parto, Apgar do primeiro e quinto minutos de vida, baixo peso ao nascer e local de nascimento. Nas análises (univariada) dos resultados neonatais verificou-se, nas comparações para o Apgar no primeiro e quinto minutos de vida e recém-nascido de baixo peso, diferença com significância estatística (valor-p0,05) para idade da mãe, que permaneceu no modelo final de regressão logística. Nas comparações para a prematuridade, constatou-se que as variáveis que permaneceram no modelo final de regressão logística foram: anomalia fetal, escolaridade da mãe, tipo de gravidez, tipo de hospital, número de filhos vivos e número de filhos mortos. Nas comparações quanto à anomalia fetal, as variáveis que permaneceram no modelo final de regressão logística foram: sexo, tipo de parto, número de consultas e tipo de hospital. Conclusões: os resultados desta pesquisa no Espírito Santo, em 2007, permitem concluir que houve diferença estatisticamente significativa entre a gravidez da adolescente e da adulta. Entre as mães adolescentes de 10-19 anos foram obbservadas mais chances para que o seu recém-nascido apresentasse Apgar menor que sete com 1 minuto de vida, Apgar menor que sete com 5 minutos de vida e baixo peso ao nascer. Não se observou associação com o recém-nascido prematuro e com anomalia congênita.

ASSUNTO(S)

pediatria teses. tese da faculdade de medicina da ufmg. gravidez na adolescência decs recém-nascido de baixo peso decs prematuro decs Índice de apgar decs doenças congênitas, hereditárias e neonatais e anormalidades decs período pós-parto decs trabalho de parto decs escolaridade decs cuidado pré-natal decs estado civil decs estudos transversais decs dissertações acadêmicas decs

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