Grupo genético e heterose na produção de leite de vacas de corte submetidas a diferentes sistemas de alimentação

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

O experimento foi conduzido para se avaliar a produção de leite de vacas de dois sistemas de acasalamento, puras Charolês (CH) e Nelore (NE) e mestiças F1 ½CH ½NE e ½NE ½CH, submetidas a diferentes sistemas de alimentação, e medir a heterose resultante. A produção de leite foi determinada aos 14, 42, 70 e 90 dias, sendo esta última coincidente com o desmame. Foram utilizadas 86 vacas, submetidas a um dos seguintes sistemas de alimentação: PN: vacas mantidas exclusivamente em pastagem nativa; PC + PN: vacas mantidas em pastagem cultivada (PC) de 15 de julho a 15 de setembro e o restante do tempo em PN; e PN + PC: vacas mantidas em PC de 15 de setembro a 15 de novembro e o restante do tempo em PN. A PC foi composta por aveia (Avena sativa), azevém (Lollium multiflorum) e trevo vesiculoso (Trifolium vesiculosum). Não houve diferença significativa entre os sistemas de alimentação PC + PN e PN + PC, agrupando-se os dois em um único sistema (PNC). Vacas mantidas em PN apresentaram menor produção média diária (3,93 vs. 5,46 L) e total de leite (291,4 vs. 401,7 L) e maior redução da produção (39 vs. 27%) que as mantidas em PNC. Não houve efeito do grupo genético da vaca dentro do sistema de acasalamento sobre as produções média e total de leite. Vacas mestiças F1 apresentaram maior produção de leite durante toda a lactação, de modo que a heterose para produção média diária de leite foi mais expressiva nas vacas mantidas em condições mais baixas de alimentação, exclusivamente em PN (92,4%), que nas vacas que tiveram acesso à pastagem cultivada PNC (18,1%). A persistência da lactação foi maior nas vacas filhas de touros NE que nas filhas de touros CH, assim como nas vacas puras em relação às mestiças F1.

ASSUNTO(S)

charolês cruzamento desmame precoce nelore pastagem cultivada pastagem nativa

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