Hábitos orais de sucção: estudo piloto em população de baixa renda

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Otorrinolaringologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-01

RESUMO

Hábitos orais de sucção têm sido fonte de estudo pelos danos que podem causar em toda morfologia e função do sistema estomatognático, sendo comumente iniciados e observados na infância. Fatores emocionais e nutricionais podem contribuir para a manifestação desses hábitos. OBJETIVO: Verificar alterações fonoaudiológicas, odontológicas e otorrinolaringológicas em crianças de baixa renda portadoras de hábitos orais de sucção. FORMA DE ESTUDO: Clínico retrospectivo não randomizado. MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliadas nove crianças (01 menino e 08 meninas) com idades entre 5 a 9 anos durante o I Mutirão da Comunicação realizado no Hosphel, São Paulo, no dia 27 de outubro de 2001. RESULTADOS: O distúrbio fonoaudiológico mais comum foi o articulatório (55,56%), seguido pelo distúrbio de motricidade oral (33,33%). A mordida aberta esteve presente em 8 casos (88,89%). Com relação ao tipo de respiração apresentou-se com 7 casos com respiração bucal (77,78%). CONCLUSÕES: Os hábitos orais foram capazes de promover alterações fonoaudiológicas, odontológicas e otorrinolaringológicas. Medidas de promoção de saúde devem ser lançadas para crianças de baixa renda visando eliminar os fatores responsáveis pela origem dos hábitos orais viciosos de sucção, tais como: alimentação e educação. Além de medidas de tratamento multidisciplinar, devem ser estabelecidas fonoaudiologia, ortodontia, otorrinolaringologia em saúde pública, solucionando o paradigma das alterações decorrentes desses hábitos comumente perceptíveis na infância.

ASSUNTO(S)

hábitos orais de sucção determinantes sócio-econômicos má oclusão alterações fonoaudiológicas

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