Hemometabolismo cerebral: variações na fase aguda do coma traumático

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2000-09

RESUMO

OBJETIVO: avaliar as interrelações entre as alterações hemometabólicas cerebrais e sistêmicas em pacientes com traumatismo craniencefálico (TCE) grave submetidos a um protocolo terapêutico padronizado. DESENHO: estudo prospectivo, intervencionista em pacientes com coma traumático. LOCAL: uma UTI geral em hospital universitário. PACIENTES E MÉTODOS: vinte e sete pacientes (21M e 6F), idade 14-58 anos, com TCE grave, com três a oito pontos na escala de coma de Glasgow, foram avaliados prospectivamente segundo um protocolo cumulativo padronizado para tratamento da hipertensão intracraniana aguda, o qual incluía medidas rotineiras da pressão intracraniana (PIC) e da extração cerebral de oxigênio (ECO2). Foram analisadas as interrelações hemometabólicas envolvendo: pressão arterial média (PAM), PIC, pressão parcial de gás carbônico arterial (PaCO2), ECO2, pressão de perfusão cerebral (PPC) e extração sistêmica de oxigênio (ESO2). INTERVENÇÕES: apenas as padronizadas no protocolo terapêutico. RESULTADOS: não houve correlação entre a ECO2 e a PPC (r = -0,07; p = 0,41). Houve correlação inversa entre a PaCO2 e a ECO2 (r = -0,24; p = 0,005) e direta entre a ESO2 e a ECO2 (r = 0,24; p = 0,01). A mortalidade geral dos pacientes foi de 25,9% (7/27). CONCLUSÃO: 1) a PPC não se correlaciona com a ECO2 em quaisquer níveis de PIC; 2) a ECO2 está estreitamente relacionada aos diferentes níveis de PaCO2 ; e 3) durante a hiperventilação otimizada existe um acoplamento entre a ECO2 e a ESO2.

ASSUNTO(S)

traumatismo craniencefálico extração cerebral de oxigênio pressão intracraniana pressão de perfusão cerebral fluxo sangüíneo cerebral

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