Hemorroidectomia: estudo de 2.417 pacientes submetidos à cirurgia para tratamento da doença hemorroidária
AUTOR(ES)
Cruz, Geraldo Magela Gomes da, Santana, Jorge Luiz, Santana, Sandra Kely Alves de Almeida, Ferreira, Renata Magali Ribeiro Silluzio, Neves, Peterson Martins, Faria, Marina Neves Zerbini de
FONTE
Revista Brasileira de Coloproctologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-09
RESUMO
Em 34.000 pacientes coloproctológicos foi feito o diagnóstico de DH, como doença coloproctológica principal, em 9.289 pacientes (27,3%), dos quais 2.417 (26,0%) foram submetidos à hemorroidectomia. O objetivo deste trabalho é estudar estes 2.417 pacientes submetidos à hemorroidectomia, com análise dos aspectos epidemiológicos (idades, sexos), dos aspectos envolvendo a cirurgia (posições do pacientes, anestesias usadas e técnicas cirúrgicas praticadas e complicações cirúrgicas), comparando os achados com os da literatura correlata. Dos 2.417 pacientes operados a maioria apresentava hemorróidas de terceiro (30,5%) e de quarto (60,2%). Predominou, de forma estatisticamente significativa, a incidência de DH entre mulheres (5.007 mulheres, 53,9%) sobre homens (4.282 homens, 46,1%), bem como de cirurgias (1.330 mulheres ou 26,6% de 9.289 portadores de DH ou 55,0% dos 2.417 operados). A média etária dos pacientes por ocasião do diagnóstico foi 39,9 anos, sendo 74,8% entre 21 e 50 anos de idade; e a média etária por ocasião da cirurgia foi 41,6 anos, sendo 71,8% entre 21 e 50 anos de idade. Foram encontradas, por ocasião do diagnóstico da DH 1.122 casos (12,1%) de doenças anais concomitantes, sobretudo fissuras anais (5,8%) e hipertrofia de papilas anais (3,4%). A incidência de DAC operadas foi de 30,1% (729 pacientes), sendo a fissurectomia (13,1%) e a papilectomia (11,0%) as duas DAC mais comumente operadas em concomitância à DH. Dos 2.417 pacientes operados de DH 45 pacientes (1,9%) foram operados de outras doenças que não no ânus, sobretudo plástica de períneo e varizes de membros inferiores, tendo, ainda, 26 pacientes (2,0%) sido operados em situações patológicas e fisiológicas especiais, sobretudo gravidez (8 casos, 0,3%). A anestesia mais usada foi a peridural (42,3%) e a local associada à analgesia (34,9%); as posições na mesa cirúrgica mais usadas foram o decúbito lateral esquerdo de Sims (58,4%) e "em canivete" (40,1%); e a técnica cirúrgica mais usada foi a técnica aberta (Milligan-Morgan) (2.014 casos, 83,3%). Foram observadas 76 complicações (3,1%), sobretudo estenoses anais (40 casos, 1,8%) e hemorragia anal (21 casos, 0,9%).
ASSUNTO(S)
hemorroidectomia cirurgia anal tratamento cirúrgico da doença hemorroidária
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