Hipotireoidismo adquirido tratado como obesidade exógena: a importância do controle do crescimento
AUTOR(ES)
Zambon, Mariana Porto, Antonio, Maria Ângela R. G. M., Mendes, Roberto Teixeira, B. Filho, Antônio de Azevedo
FONTE
Revista Paulista de Pediatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009-03
RESUMO
OBJETIVO: Demonstrar a importância da interpretação do acompanhamento pôndero-estatural de crianças e adolescentes obesos DESCRIÇÃO DO CASO: Menina de 12 anos e 11 meses encaminhada a um ambulatório terciário para acompanhamento de obesidade e dislipidemia. Referia ganho de peso a partir de oito anos, negava fazer atividade física e possuía alimentação adequada. Relatava obesidade na família do pai. Ao exame, bom estado geral, diminuição da pilificação e mixedema generalizados, pele ressecada e áspera. Peso com percentil entre 90 e 97, índice de massa corpórea (IMC) acima do percentil 97 e estatura abaixo do canal de crescimento. EXAMES LABORATORIAIS: T4: 0,04ng/ dL, TSH: >100uUI/mL, colesterol total: 326mg/ dL, HDL colesterol: 34mg/ dL, LDL colesterol: 45mg/ dL, triglicérides: 1599mg/ dL, glicemia em jejum: 81mg/dL e hemograma com discreta anemia normocrômica e normocítica. Fez-se o diagnóstico de hipotireoidismo e introduziu-se hormônio tireoidiano com boa resposta. A paciente trouxe 23 medidas prévias de peso e estatura, mostrando comprometimento de estatura e aumento de peso não valorizado. COMENTÁRIOS: A análise dos gráficos de crescimento é fundamental para o acompanhamento de todas as crianças e adolescentes, principalmente aquelas com sobrepeso e obesidade. A desaceleração da curva de crescimento em altura sugere doença associada; neste caso, o hipotireoidismo adquirido.
ASSUNTO(S)
crescimento hipotireoidismo obesidade
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