Impacto da pressão na câmara artificial e das propriedades do material sobre a resposta de deformação de modelos de córnea medido por imagem de Scheimpflug ultradinâmica de alta velocidade
AUTOR(ES)
Correia, Fernando Faria, Ramos, Isaac, Roberts, Cynthia J., Steinmueller, Andreas, Krug, Matthias, Ambrósio Jr., Renato
FONTE
Arq. Bras. Oftalmol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-10
RESUMO
OBJETIVO: Estudar a resposta de deformação de três lentes de contato com estruturas conhecidas, que serviram como modelos de córnea, recorrendo à imagem de Scheimpflug de alta velocidade. MÉTODOS: Três lentes de contato hidrófilas foram montadas em uma câmara de água selada com pressão ajustável: TAN-G5X (41% hidroxietilmetacrilato/glycolmethacrylate, 550µm de espessura), TAN-40 (hidroxietilmetacrilato 62%, 525 µm de espessura) e TAN-58 (42% metilmetacrilato, 258 µm de espessura). Cada modelo foi testado cinco vezes sob pressões diferentes (5, 15, 25, 35 e 45 mmHg), recorrendo a um tonómetro de não-contato acoplado a uma câmara de Scheimpflug de alta velocidade. Cento e quarenta imagens de Scheimpflug foram capturadas em cada medição. A amplitude de deformação foi determinada como o maior deslocamento do ápice no momento de maior concavidade do modelo testado. RESULTADOS: Em cada nível de pressão, a amplitude de deformação foi estatisticamente diferente para cada lente testada (p<0,001, ANOVA). Cada lente teve amplitude de deformação diferente sob distintos níveis de pressão (p<0,001; Bonferroni teste post-hoc). A lente mais espessa e com menos polímero (TAN-G5X) apresentou maior deformação (comportamento menos rígido) do que aquela que era mais fina mas com mais polímero (TAN-40), quando testadas sob a mesma pressão. A lente mais fina e com menos polímero (TAN-58) apresentou uma menor amplitude de deformação (comportamento mais rígido) sob pressões mais elevadas, em comparação com as lentes mais grossas e com mais polímero (TAN-40 e TAN-G5X) em pressões mais baixas. CONCLUSÕES: A imagem de Scheimpflug de alta velocidade permite uma avaliação biomecânica através da medição da amplitude de deformação dos modelos de córnea. O comportamento biomecânico foi mais influenciado pela composição do que pela espessura da lente. A pressão da câmara apresentou um impacto significativo sobre a amplitude de deformação de cada lente.
ASSUNTO(S)
córnea topografia da córnea biomecância tonometria ocular pressão
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