Implante transcateter de valva aórtica sem a necessidade de marca-passo definitivo em uma série de casos consecutivos: é possível predizer o risco de bloqueio atrioventricular?

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: O implante transcateter de prótese valvar aórtica (ITVA) tem sido relatado, de forma crescente, como uma opção terapêutica para pacientes com estenose aórtica de elevado risco cirúrgico. Embora eficaz e relativamente segura, o ITVA é atualmente associado a taxa de necessidade de marca-passo definitivo de 20% a 30%, com alguns preditores do risco dessa complicação já descritos na literatura MÉTODO: Relatamos uma série de 8 casos consecutivos de pacientes com estenose aórtica tratados com ITVA (Corevalve Revalving, Medtronic Inc., Estados Unidos) RESULTADOS: Foram incluídos pacientes de alto risco cirúrgico (na média, Escore STS = 22,9% e EuroSCORE = 27,2%). Todos os pacientes apresentavam pelo menos uma característica preditora de bloqueio atrioventricular de alto grau após o procedimento. A intervenção foi bem-sucedida em todos os pacientes, exceto em um caso que apresentou tamponamento e óbito intra-hospitalar. O gradiente transaórtico máximo reduziu-se de 91,3 ± 26,9 mmHg para 19,4 ± 6,3 mmHg. Após a alta, o tempo de seguimento clínico variou de quatro semanas a doze meses. Durante o seguimento, não houve óbitos e nenhum paciente apresentou bloqueio atrioventricular de 2º ou 3º graus novo, com taxa zero de marca-passo definitivo CONCLUSÃO: Embora o acaso possa explicar a ausência de marca-passo definitivo na população do estudo, nossa experiência inicial sugere que a necessidade de marca-passo após ITVA não é prontamente previsível por meio dos preditores de risco atualmente descritos.

ASSUNTO(S)

estenose da valva aórtica cateterismo próteses valvulares cardíacas bloqueio cardíaco marcapasso artificial

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