Implementação de um instrumento para sensibilizar o adolescente quanto aos efeitos do som intenso

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

Com o progresso tecnológico, a intensidade do ruído tem aumentado, em ambientes ocupacionais e extra-ocupacionais. Atualmente, a exposição a atividades de lazer ruidosas faz parte do cotidiano dos indivíduos, principalmente dos jovens, sendo considerada um risco para a audição. Este trabalho se preocupa com os hábitos auditivos de adolescentes na faixa etária de 13 a 18 anos, seu conhecimento sobre o que é ouvir bem, o efeito do ruído na saúde, hábitos auditivos inadequados e a importância da audição. Sendo assim o objetivo geral deste trabalho foi implementar um instrumento para sensibilização de um grupo de adolescentes com relação aos efeitos da exposição a som intenso. Método: foram sujeitos da pesquisa 52 adolescentes, dos quais 22 do sexo feminino e 30 do sexo masculino, com idades entre 13 e 18 anos. O instrumento utilizado para sensibilizar este grupo foi composto por dois questionários (pré e pós-vivências), audiometria tonal e atividade interativa (DVD e-caps da Oticon). A análise da resultados foi realizada a partir de dois procedimentos: Discurso do Sujeito Coletivo e análise quantitativa - descritiva. Resultados : A análise dos exames audiométricos mostraram que 46 (88,5%) apresentaram audiometria normal, 5 (9,6%) audiometria de grau leve e 1 (1,9%) audiometria de grau moderado. 8 (15,3%) apresentaram entalhe audiométrico em uma ou ambas as orelhas. Dos sujeitos da pesquisa, 46 (84,6%) afirmaram não ter queixas auditivas. Dentre os hábitos auditivos inadequados, a exposição ao walkman + música mostrou ser o mais freqüente (51,9 %), sendo que 92,3% dos jovens estão expostos a esse hábito. Com relação às queixas sobre os efeitos não auditivos encontram-se dor de cabeça (30,7%), irritabilidade (40,3%). A análise do discurso do sujeito coletivo do questionário I mostrou que os adolescentes pouco sabiam sobre os efeitos que o som intenso pode causar à saúde. Um exemplo dentre as questões abordadas em questionários foi o que significava ouvir bem. No questionário I significava ouvir música do jeito que gostavam e na intensidade desejada. Já no questionário II os adolescentes relataram uma conotação diferente sobre o mesmo conceito, onde ouvir bem significava compreender o que as pessoas falavam , conseguir ouvir o apito no momento do exame audiométrico e principalmente distinguir os sintomas que apresentam ao escutar sons em forte intensidade por longo período. Conclusão: este é um grupo de risco para perda auditiva por exposição a som intenso e um instrumento de sensibilização deve ser utilizado para conscientizar estes jovens sobre o risco auditivo que estão expostos. Pelo fato do adolescente apresentar suas próprias características psicológicas inerentes à faixa etária, foi observado que o grupo avaliado nessa pesquisa aprendeu sobre os efeitos danosos que o som elevado pode causar à saúde, porém não se pode garantir que este cuidado fará parte da vida de cada um deles

ASSUNTO(S)

audicao saúde fonoaudiologia fonoaudiologia adolescente ruído adolescentes

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