In vitro establishment and analysis of genetic variability of Maytenus ilicifolia accessions collected at Rio Grande do Sul State, Brazil / Estabelecimento in vitro e análise da variabilidade genética de acessos de espinheira-santa (Maytenus ilicifolia) coletados no Rio Grande do Sul

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Maytenus ilicifolia Mart. ex Reis., popularmente conhecida como espinheira-santa, é uma espécie autóctone pertencente à família Celastraceae que apresenta alto valor medicinal para o tratamento de úlceras, gastrites crônicas, dispepsias e indigestão. Devido a sua importância medicinal, houve um aumento no extrativismo em populações naturais, tornando-a prioritária para a conservação, a fim de evitar o risco de erosão genética. A cultura de tecidos tem importante papel por proporcionar produção massiva de plantas, livres de agentes patogênicos e geneticamente uniformes, sendo o estabelecimento in vitro a primeira fase do processo de micropropagação, onde o material vegetal utilizado pode variar de acordo com a finalidade do estudo. Estudos evidenciam que o fluxo gênico por sementes ou dispersão de grãos de pólen, bem como o ambiente, principalmente o habitat, tem o potencial de aumentar a variabilidade genética de populações de uma mesma localidade. O objetivo deste trabalho foi estabelecer e avaliar a capacidade de multiplicação in vitro de plântulas de M. ilicifolia, bem como, analisar a variabilidade genética de 20 acessos coletados em diferentes localidades no estado do Rio Grande do Sul, através da técnica AFLP. Para o estabelecimento in vitro, sementes previamente desinfestadas foram inoculadas em três meios diferentes: MS; MS + Carvão Ativado (1g L-1) e MS + Vermiculita. As variáveis analisadas foram altura das plântulas e comprimento de raiz. Para a viii análise molecular foram testadas oito combinações de primers AFLP. Os valores de similaridade genética foram calculados pelo Simple-matching coefficient e utilizados para gerar o dendrograma de similaridade pelo método UPGMA. As variáveis analisadas apresentaram diferença significativa, onde as maiores médias para altura das plântulas (5,06 cm) e comprimento de raiz (3,4 cm), foram obtidas no meio MS acrescido de Vermiculita. Observou-se que o aspecto morfológico das raízes deve ser considerado, pois as raízes das plântulas germinadas em meio MS apresentaram-se bastante fibrosas e com ausência de pêlos radiculares, diferentemente das plântulas germinadas em meio MS + Vermiculita, onde apresentaram raízes adequadas para a absorção de nutrientes do meio de cultura. As oito combinações de primers geraram 455 perfis eletroforéticos, com 100% de polimorfismo. Os primers E-ACC/M-CAA, E-ACG/MCTA, E-ACG/M-CTC apresentaram o maior número de perfis eletroforéticos, 71 cada, totalizando 46,80% do polimorfismo total. Na análise do dendrograma foi observado um alto coeficiente de correlação (r = 0,94), demonstrando elevada representatividade dos dados de similaridade genética e os de agrupamento. Pela AMOVA verificou-se que 89,33% da variabilidade total ocorreu entre indivíduos da mesma população. Com base no exposto conclui-se que o meio mais adequado para o estabelecimento in vitro é o meio MS acrescido de Vermiculita e marcadores moleculares tipo AFLP permitem a caracterização e a estimativa da variabilidade genética de populações de M. ilicifolia.

ASSUNTO(S)

espinheira-santa cultivo in vitro similaridade genética plantas medicinais fisiologia vegetal polimorfismo aflp maytenus ilicifolia

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