João Paulo dos Santos Fernandes
2012O objetivo neste trabalho foi analisar a influência da dimensão vertical de oclusão na postura da coluna cervical e da cabeça por meio de aferições de medidas angulares craniocervicais. Foram selecionados 17 voluntários desdentados totais, com sinais clínicos de diminuição de dimensão vertical de oclusão, portadores de sinais e sintomas de disfunção temporomandibular e usuários de próteses totais, inscritos no cadastro de pacientes do CETASE (Centro de Estudos e Tratamento das Alterações Funcionais do Sistema Estomatognático) da Faculdade de Odontologia de Piracicaba. Os voluntários utilizaram o aparelho de cobertura oclusal plana para o restabelecimento da dimensão vertical de oclusão e do tônus muscular, por um período de 120 dias. Telerradiografias em norma lateral foram realizadas antes (com as próteses totais antigas) e após o período de 120 dias. Foram traçadas as linhas Sela-Násio (SN), a Linha Odontoídea (OD), a Linha CVT (Tangente da Vértebra Cervical), e o Plano mandibular (LM). Cinco medidas angulares craniocervicais foram realizadas: SN/OD; SN/LM; SN/CVT; LM/OD e OD/CVT e duas medidas lineares foram feitas: S-OD e S-CVT. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística pelos testes t de Student e teste de Wilcoxon pareado com nível de significância de p<0,05. As médias iniciais e finais dos ângulos SN/LM e LM/OD apresentaram diferenças estatisticamente significantes, alterando a postura da mandíbula em relação à coluna cervical e à base do crânio e as médias iniciais e finais dos ângulos SN/OD, SN/CVT e OD/CVT não apresentaram diferenças estatisticamente significantes, mostrando o movimento de extensão da cabeça após o tratamento instituído. Os resultados demonstraram que existe relação entre DVO, postura da cabeça e da coluna cervical e que a terapêutica com aparelhos oclusais interferiu melhorando o posicionamento da cabeça e da coluna cervical