Influência da intervenção motora no desempenho das habilidades de controle de objetos e sua relação com a força de preensão palmar máxima em crianças eutróficas de seis e sete anos de idade / Influence of the motor intervention in performance of abilities of object control and relationship with hand grip strength in eutrophic children of six and seven years old

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo deste estudo foi investigar a Influência da intervenção motora no desempenho das habilidades de controle de objetos e sua relação com a força de preensão palmar máxima em crianças eutróficas de 6 e 7 anos. Participaram sessenta crianças de desenvolvimento típico (30 meninos e 30 meninas). As crianças foram alocadas aleatoriamente em três grupos distintos, compostos, cada um, por 20 crianças (10 meninos e 10 meninas): a) G1 (grupo de prática randômica); b) G2 (grupo de prática em blocos) e; c) G3 (grupo controle). As crianças foram avaliadas no início do estudo e após o período de intervenção através do Teste of Gross Motor Development - Second Edition (TGMD-2). A capacidade de produção de força de preensão palmar máxima foi avaliada com um dinamômetro CEFISE. O delineamento experimental incluiu os períodos de: pré-teste, sessões de pratica (12) e pós-teste. Na etapa de intervenção motora (sessões de prática), participaram apenas as crianças pertencentes aos grupos G1 e G2. No pós-teste, todas as crianças foram reavaliadas. A análise descritiva dos dados demonstrou que as crianças apresentavam desempenho na média para a idade e através do teste t de Student simples verificou-se que os meninos desempenharam melhor do que as meninas t(df = 58) = -3,27, p= 0,0018. No pré-teste, o teste de Kruskal-Wallis não registrou diferença significante entre os grupos [H(2, n=60) =0,9, p=0,64]. No pós-teste, o teste de Kruskal-Wallis detectou diferença significativa entre os grupos [H(2, n=60) =8,2, p= 0, 016]. O teste de Mann-Whitney, com risco alfa ajustado em p<0,017, indicou que apenas G1 foi superior a G2 [Z(n=20) =-2,8, p=0, 005]. A comparação entre G2 e G3 [Z(n=20)=1,93, p=0,053] e G2 e G1 [Z(n=20)=-0,74, p=0,46] não indicou diferença significante entre os grupos. Na análise intragrupos foi utilizado o teste de Wilcoxon com p<0,017 e no G1 verificou-se diferença significativa em que houve melhor desempenho no pós-teste que no pré-teste [Z(n=20) =3,53, p=0, 0004]. Do mesmo modo, G2 também se mostrou superior no pós-teste em relação ao pré-teste [Z(n=20) =2,84, p=0,004]. No G3 não foi verificada diferença significante entre pré e pós-teste [Z(n=20) =1,39, p=0,16]. Em relação à correlação da força de preensão palmar máxima com o desempenho das habilidades de controle de objetos, pôde-se perceber uma correlação positiva e de baixa magnitude (r= 0,016) com nível de significância de p= 0,032. Assim, concluiu-se que os dados demonstraram significância em favor do grupo que praticou as habilidades de forma randômica e que a existência da relação entre a força de preensão palmar máxima e o nível de desempenho das habilidades de controle de objetos era significativa para as habilidades rebater e receber. Sugere-se, portanto, que novos estudos possam ser realizados, levando em consideração o tempo de duração da intervenção, o número de sessões de intervenção, o número de sujeitos participantes do estudo e outras variáveis de força de preensão palmar.

ASSUNTO(S)

desempenho motor educacao fisica children crianças motor intervention intervenção motora motor development

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