Influência da quantidade de argila e da temperatura de sinterização na resistência à cominuição por atrito de grânulos a base de diatomita obtidos por extrusão

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Este trabalho estuda materiais cerâmicos a base de diatomita processados por extrusão, com diferentes quantidades de argila em sua formulação e sinterizados a diferentes temperaturas. O interesse para estudar a diatomita surgiu devido a uma possível aplicação industrial, onde é necessária uma boa resistência à cominuição por atrito, de modo que o material fique mais tempo em um sistema de elevada fluidodinâmica, sem redução crítica na sua granulometria. Para essa aplicação industrial, o material deve estar no formato de pequenos grânulos, com raio aproximado entre 180 e 500 mm. Desta maneira, a produção desses grânulos por extrusão foi investigada. A resistência à cominuição por atrito dos grânulos extrudados à base de diatomita foi determinada por metodologia baseada em uma norma ASTM. Também foram feitos testes para a caracterização do material, mas ao invés de grânulos, foram produzidos cilindros, que tinham a conveniência de formato e tamanho para os diferentes procedimentos realizados. Entre eles, retração dimensional e perda de massa, picnometria de hélio, porosimetria de mercúrio, resistência a compressão e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Por fim, a análise dos resultados dos testes de resistência à cominuição por atrito e da caracterização do material, objetivou estabelecer possíveis relações entre suas características microestruturais e as propriedades de interesse tecnológico. Foi constatado que o material apresenta sua maior resistência à cominuição por atrito quando sinterizado na mais alta temperatura testada (1300°C) e com o maior teor de argila utilizado nas formulações (28%). O material produzido sob estas condições apresentou também a mais baixa porosidade, e conseqüente maior densidade aparente. Resta, no entanto, checar os grânulos quando em condições de trabalho, para verificar se o material tem as propriedades necessárias para tal fim. Se acredita que o material ainda não as possui, e, por isso, trabalhos futuros que dêem continuidade ao que já foi feito deverão provavelmente ser realizados.

ASSUNTO(S)

engenharia de materiais

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