Influência do gênero no tratamento da hepatite C crônica genótipo 1
AUTOR(ES)
Narciso-Schiavon, Janaína Luz, Schiavon, Leonardo de Lucca, Carvalho-Filho, Roberto José, Sampaio, Juliana Peghini, Batah, Philipe Nicolas El, Barbosa, Denize Vieira, Ferraz, Maria Lucia Gomes, Silva, Antonio Eduardo Benedito
FONTE
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: Apesar dos vários estudos publicados a respeito do tratamento da hepatite C crônica (CHC) com Peg-Interferon (Peg-IFN) e ribavirina, se desconhece o real impacto do gênero sobre as características que influenciam a eficácia e a segurança da terapia antiviral em portadores de CHC. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do gênero no tratamento da CHC. MÉTODOS: Foi realizado um estudo analítico retrospectivo de portadores de CHC genótipo 1 tratados com Peg-IFN α-2b na dose de 1,5μg/kg ou Peg-IFN α-2a na dose de180μg/sem associado à ribavirina 1.000-1.250 mg/dia, de acordo com o peso, entre 2001 e 2007. RESULTADOS: Entre 181 pacientes submetidos ao tratamento, a média de idade foi de 46,4±11,0 anos e 46% eram mulheres. No pré-tratamento, 32% dos pacientes apresentavam fibrose avançada (F3-F4 Scheuer), e 83% dos indivíduos apresentavam carga viral >400.000IU/mL, sem diferença significativa entre os gêneros (p=0,428 e p=0,452, respectivamente). Quando comparadas aos homens, as mulheres exibiram maior incidência de eventos adversos como anemia (p<0,001) e maior necessidade de redução de dose tanto do Peg-IFN (p=0,004) quanto da ribavirina (p=0,006). Entretanto, as taxas de resposta virológica sustentada (RVS) não diferiram entre os gêneros (45% (mulheres) . vs 41% (homens); p=0,464). CONCLUSÕES: Este estudo sugere que homens e mulheres reagem à terapia combinada de forma diferente, especialmente com relação aos eventos adversos e à necessidade de modificação de dose. No entanto, essas diferenças não influenciam as taxas de RVS.
ASSUNTO(S)
hepatite c interferon peguilado ribavirina gênero mulheres
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