Influencia do tratamento superficial na resistencia a tração da união polimero de vidro-cimento resinoso

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência de diferentes tratamentos na superfície do polímero de vidro Artglass (HERAEUS, Kulzer - Germany). Foi verificado também o efeito do agente de silanização (Porcelain Primer - BISCO, lnc. ltasca IL), do ativador superficial de compósitos (Composite Activator BISCO, lnc. ltasca IL) e do líquido para reparos do sistema Artglass na resistência à tração com o sistema adesivo All Bond 2 (BISCO, lnc. ltasca IL) associado ao cimento Choice Porcelain Venner System (BISCO, lnc. ltasca IL). Foram confeccionadas duzentos e quarenta amostras e divididas em 12 grupos com 20 amostras cada. Cada grupo foi submetido aos seguintes tratamentos: grupo 1 - jateamento com óxido de alumínio; grupo 2 - jateamento com óxido de alumínio e aplicação do Porcelain Primer; grupo 3 jateamento com óxido de alumínio e aplicação do Composite Activator; grupo 4 - jateamento com óxido de alumínio e aplicação do Artglass Liquid; grupo 5 - condicionamento com ácido fosfórico; grupo 6 - condicionamento com ácido fosfórico e aplicação do Porcelain Primer; grupo 7 - condicionamento com ácido fosfórico e aplicação do Composite Activator; grupo 8 condicionamento com ácido fosfórico e aplicação do Artglass Liquid; grupo 9 - condicionamento com ácido fluorídrico; grupo 10 - condicionamento COIIJ ácido fluorídrico e aplicação do Porcelain Primer; grupo 11 - condicionamento com ácido fluorídrico e aplicação do Composite Activator; grupo 12 - condicionamento com ácido fluorídrico e aplicação do Artglass Liquid. Após o tratamento, as amostras foram unidas em pares com auxílio do sistema adesivo e do cimento resinoso manipulados de acordo com as instruções do fabricante. Em seguida, os corpos-de-prova foram armazenados a 37 `GRAUS´C com umidade relativa do ar em 100%, durante 24 horas e, logo após, foram submetidos a 500 ciclos térmicos ajustados às temperaturas de 5`GRAUS´C, 37°C e 60°C, com duração de 30 segundos cada. Decorrido o período de 48 horas, os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de tração em uma máquina de ensaio universal (Otto Wolpert Werke, Germany), a uma velocidade de 6 mm/minuto. As médias dos resultados obtidos foram: grupo 1 - 11,46 MPa; grupo 2 - 12,28 MPa; grupo 3 - 9,45 MPa, grupo 4 - 11,53 MPa; grupo 5 - 3,83 MPa; grupo 6 - 4,84 MPa; grupo 7 - 3,94 MPa; grupo 8 - 5,67 MPa; grupo 9 - 6,51 MPa; grupo 10 - 6,36 MPa; grupo 11 - 7,86 MPa; grupo 12 - 8,34 MPa. A seguir os resultados foram submetidos análise de variância e ao Teste de Tukey. Após os testes de resistência à tração as amostras foram examinadas em lupa estereoscópica com aumento de 16 vezes, onde foi verificado predomínio de fraturas coesivas do polímero de vidro para os grupos tratados com jateamento com óxido de alumínio. O efeito dos tratamentos de superfície foi analisado com auxílio de um microscópio eletrônico de varredura (Zeiss DSM 960, Germany). Os resultados indicaram que o maior valor de resistência de união foi obtido através do jateamento com óxido de alumínio associado ao agente de silanização. Nos demais grupos onde também foi realizado o jateamento com óxido de alumínio os valores de resistência de união foram superiores e diferentes estatisticamente, quando comparados aos outros grupos, com exceção da associação do ácido fluorídrico com o Composite Activator, que não diferiu do grupo 3. A análise através de M.E.V. das superfícies tratadas demonstrou um padrão morfológico mais favorável ao imbricamento micromecânico produzido com o jateamento com óxido de alumínio

ASSUNTO(S)

compositos polimeros materiais dentarios

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