Inspeção médica escolar em São Paulo (1911-30): a escola como lugar de higiene e saúde

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

A presente pesquisa situa-se num período - primeiras décadas do século XX -, em que os problemas da cidade de São Paulo, na opinião de médicos, higienistas e educadores que ocupavam cargos na administração pública, só poderiam ser solucionados pela educação e higiene. As epidemias assolavam a capital e muitos municípios do Estado de São Paulo. Esses fenômenos sanitários de natureza coletiva precisavam ser controlados. Os médicos, que atuavam na Saúde Pública, ganham espaço nessa sociedade e, pelo poder a eles conferido, passam a influenciar decisivamente nas políticas governamentais, defendendo, propondo e, muitas vezes, implementando medidas que julgavam apropriadas. O destaque imputado às ações de higiene, ao tempo que revela o quanto é grave a situação sanitária vivenciada pelo brasileiro, também contribui para redirecionar o eixo da discussão educacional. Nesse contexto, a escola é chamada a participar, a desempenhar um papel, que no imaginário republicano, a ela estava reservado. Este estudo busca compreender os mecanismos que, utilizados pelos poderes instituídos, procuraram "enquadrar" a escola às novas exigências "impostas" pelos novos tempos, a partir de uma perspectiva de higienização. Procura-se identificar, pesquisando decretos e leis, publicações e discursos médicos que veiculavam "saberes" sobre higiene e saúde, como a escola passa a ser um lugar de higiene e saúde

ASSUNTO(S)

inspecao medica escolar saude publica -- sao paulo, sp higienistas educacao higiene -- historia -- sao paulo, sp educacao em saude -- sao paulo, sp insalubridade educacao: historia, politica, sociedade

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