INTER-RELAÇÃO DO IODO E DO FLÚOR NO METABOLISMO DE OVINOS JOVENS / IODINE AND FLUORIDE IN YOUNG OVINE METABOLISM

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A suplementação mineral dos rebanhos é um fator que influi de forma relevante no índice de produtividade, porém, há carência de novos estudos relacionados à situação e interação dos elementos minerais nos rebanhos e nisso está alicerçado o objetivo do presente trabalho: avaliar a inter-relação do iodo (I) e do flúor (F) no metabolismo de ovinos jovens, através da avaliação do efeito do F sobre a glândula tireóide. Para tanto, foram realizados dois experimentos. O primeiro teve o objetivo de analisar a dinâmica da excreção urinária de I em ovinos. Assim, utilizaram-se cinco animais. Antes de iniciar o tratamento com I, coletou-se amostras de urina (grupo controle), posteriormente, os animais passaram a receber três diferentes tratamentos (0,05; 0,42 e 0,8 mg de iodo/kg de matéria seca), consecutivamente. Cada tratamento teve duração de 15 dias. Foram coletadas amostras de urina equivalente às 24 horas e amostras pontuais (intervalo de oito horas). Não houve diferença na excreção urinária de I entre tratamentos e entre horários de coleta. Os valores urinários de creatinina não diferiram entre os horários de coleta dentro de cada tratamento, exceto entre as 16:00 e às 24:00 horas, na dose média. A relação iodo/creatinina não demonstrou correlação. No segundo experimento, o objetivo foi avaliar o efeito da administração crônica de fluoreto de sódio na função e histologia da glândula tireóide de ovinos. Foram utilizados doze ovinos, os quais foram divididos em dois grupos: Controle, o qual recebeu somente sal iodado (5g NaCl/animal+0,2mg de iodo/kg MS) e o grupo Tratado, que recebeu sal iodado (5g NaCl/animal+0,2mg de iodo/kg MS) adicionado de fluoreto de sódio (4,7mg F/kg de peso corporal), durante um período de 150 dias. Amostras de sangue foram coletadas aos 60, 90, 120 e 150 dias de tratamento para análise sérica de I e F, Triiodotironina (T3) e Tetraiodotironina (T4). Ainda, nesse mesmo intervalo de tempo, coletou-se a urina, correspondente às 24 horas, para análise da excreção urinária de I e F. Após o sacrifício dos animais, a glândula tireóide foi removida para posterior exame histopatológico e morfométrico. Quanto ao I urinário, não foi observada diferença estatística entre os grupos controle e tratado e dentro de cada grupo, entre os períodos. As concentrações de T3 e T4 não diferiram estatisticamente entre ambos os grupos e dentro de cada grupo, nos diferentes tempos de tratamento. Assim como, também não houve diferença estatística nos teores de I sérico. Quanto à avaliação histopatológica da glândula tireóide, não foram observadas alterações. De um modo geral, é possível concluir que a excreção urinária de iodo, quando utilizada como estimativa do status nutricional deste elemento, deve ser considerada com parcimônia, principalmente se forem utilizadas doses dentro do intervalo de recomendação requerido para a espécie. Outrossim, conclui-se que dados referentes a inter-relação do iodo e flúor não podem ser aplicados de uma espécie para outra, pois o efeito do flúor sobre a glândula tireóide não ocorre na mesma forma e intensidade

ASSUNTO(S)

thyroid iodo flúor sheep medicina veterinaria iodine ovinos creatinina fluoride tireóide creatinine

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