Interação entre celulas conjuntivas hepaticas e mastocitos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

1994

RESUMO

Na esquistossomose, parte dos ovos liberados pelo S. mansoni são embolizados no figado. Inicia-se então um processo inflamatório que evolui em um granuloma periovular. As células inflamatórias, principalmente macrófagos, são as primeiras a formarem o granuloma. Posteriormente há o crescimento de células conjuntivas hepáticas, que passam a ser um dos principais constituintes do granuloma e também há grande deposição de matriz extracelular. Os fatores envolvidos neste processo ainda não estão esclarecidos. Nesta etapa foi descrita a proliferação localizada de células mielóides e monomacrofágicas. As células conjuntivas derivadas do granuloma (GR) periovular mostraram-se capazes de sustentar in vitro a proliferação de células mielóides FDC-P1 e AD-3. O objetivo deste trabalho foi identificar qual ou quais fatores estariam sendo secretados pelas células GR. Em nosso estudo usamos mastócitos como modelo para identificar estes fatores. Eles são dependentes de interleucina-3, Interleucina-4 e/ou "Stem Cell Factor". As células GR sustentaram a viabilidade e proliferação de mastócitos peritoneais murinos, os quais mantiveram a síntese de heparina por cinco semanas em cocultura com células GR. Também sustentaram a proliferação de mastócitos humanos (dependentes de "Stem Cell Factor") por nove dias de cocultura. Demonstramos que células GR podem ser induzidas por mastócitos a expressar mensagem para "Stem Cell Factor", além de apresentarem o fator associado a membrana. Pois estromas de células GR fixadas que tiveram contato prévio com mastócitos sustentaram a viabilidade de novos mastócitos plaqueados até terceiro dia de cultura. Acreditamos que o "Stem Cell Factor" seja o fator responsável pela proliferação dos mastócitos, como também participe in vivo no processo granulomatoso.

ASSUNTO(S)

esquistosomose mansonica granuloma mastocitos

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