Leucócitos como marcadores de risco para doenças cardiovasculares na adolescência: associação com características de nascimento, situação nutricional e exames bioquímicos
AUTOR(ES)
Prado Junior, Pedro Paulo do, Faria, Franciane Rocha de, Faria, Eliane Rodrigues de, Franceschini, Sylvia do Carmo Castro, Priore, Silvia Eloiza
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2016-03
RESUMO
Resumo Objetivo: Avaliar relação do número de leucócitos com riscos cardiovasculares associados às características de nascimento, situação nutricional e exames bioquímicos. Métodos: Estudo transversal, desenvolvido com 475 adolescentes, nascidos de 1992 a 2001, em Viçosa (MG). Buscaram-se os prontuários maternos nas unidades hospitalares. Foram registrados: peso e comprimento ao nascer, perímetro cefálico, perímetro torácico, boletim de Apgar, tempo de gestação. Na adolescência, avaliaram-se índice de massa corporal, pregas cutâneas, composição corporal, hemograma, exames bioquímicos e variáveis clínicas. Para análise usaram-se Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 e Data Analysis and Statistical Software (Stata), com os testes de Kruskal-Wallis, Mann-Whitney, qui-quadrado ou Exato de Fisher e regressão linear. Nível de significância adotado α<0,05. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com seres humanos da UFV. Resultados: O peso e o comprimento ao nascer, perímetro cefálico e torácico foram maiores entre os meninos. Na adolescência, o número de leucócitos foi maior nos indivíduos com excesso de peso e gordura corporal e elevados índice de adiposidade corporal, relação cintura-estatura e perímetro da cintura. Apenas os triglicerídeos alterados apresentaram diferença entre as medianas de leucócitos. Independentemente da variável antropométrica do modelo final de regressão, a fase da adolescência, o número de plaquetas, eosinófilos, monócitos e linfócitos associou-se ao aumento de leucócitos. Conclusões: As variáveis de nascimento não se associaram às alterações nos números de leucócitos, enquanto as variáveis antropométricas mostraram-se bons indicadores para maior número de leucócitos, independentemente da fase da adolescência e sexo.
ASSUNTO(S)
contagem de leucócitos fatores de risco doenças cardiovasculares adolescente
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