MADE IN BRA(S)ZIL: UM ESTUDO DO JOGO DE FORÇAS NA MÚSICA BRASILEIRA NO TEMPO DO TROPICALISMO

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho investiga as relações de forças entre os diversos agentes do campo musical brasileiro durante a década de sessenta, analisada a partir de observações históricas e relatos da época, em confluência com as teorias dos campos e do mercado de bens simbólicos de Pierre Bourdieu, trazendo essas teorias para o estudo de música popular no Brasil. Abordam-se as mudanças do habitus no campo da MPB e de que forma essas mudanças, a partir do advento da Bossa Nova, permitiram o surgimento e a ascensão de novos estilos musicais, por vezes contrastantes como a Canção de Protesto, o Iê, iê, iê e, finalmente e principalmente, o Tropicalismo, apontando aspectos como luta pela hegemonia, estratégias de tomada de poder, relações entre dominantes e dominados, dinâmica do campo e capitalização de bens simbólicos. A pesquisa foi desenvolvida através de uma extensa pesquisa bibliográfica em material original e historiográfico, além de grande parte da bibliografia sociológica de Bourdieu. O trabalho busca entender de que forma essas mudanças na teia musical brasileira permitiram o surgimento de um estilo único e mutante como o Tropicalismo, capaz de agregar todos os outros surgidos antes e os posteriores a ele, mantendo praticamente intacta a estrutura de supremacia e acumulação de capital simbólico de seus principais fundadores, Caetano Veloso e Gilberto Gil. A pesquisa procura uma nova abordagem sobre a História da Música Popular Brasileira, sob um ponto de vista alternativo, o que pode se configurar como uma forma para se entender o desenvolvimento da cultura de massas no Brasil

ASSUNTO(S)

pierre bourdieu brazilian popular music pierre bourdieu tropicalism música popular brasileira ciencias sociais aplicadas tropicalismo

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