Melanoma acrolentiginoso: um desafio ao diagnóstico precoce
AUTOR(ES)
Maia, Marcus, Russo, Carla, Ferrari, Nelson, Ribeiro, Manoel Carlos S. de A.
FONTE
Anais Brasileiros de Dermatologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-10
RESUMO
FUNDAMENTOS: As características do melanoma acrolentiginoso (MAL) diagnosticado no Brasil são pouco estudadas. OBJETIVOS: Avaliar as características do MAL diagnosticado na Unidade de Melanoma da Santa Casa de São Paulo - UMSC, comparando essa manifestação com outros subtipos e verificar se as possíveis diferenças entre eles teriam importância na determinação do diagnóstico, tratamento e prognóstico. MÉTODO: A Casuística da UMSC foi subdividida em dois grupos, um de melanoma acrolentiginoso (MAL) e outro de melanoma não acrolentiginoso (NAL), que foram comparados quanto a sexo, cor, idade, espessura e nível de invasão da lesão primária, estadiamento, tempo decorrido entre a percepção do tumor e o atendimento pelo médico. RESULTADOS: A casuística correspondente ao MAL mostrou freqüência significativa de pacientes não brancos, com faixa etária mais elevada, com a lesão primária em média, mais espessa e ulcerada. Não ocorreram diferenças significativas quanto ao sexo e estadiamento, bem como com relação ao tempo decorrido entre perceber a neoplasia e procurar o médico. CONCLUSÕES: O MAL diagnosticado na UMSC ocorre, principalmente, em pacientes que normalmente não são alertados para câncer da pele (não brancos) e pertencem a uma faixa etária mais elevada (portanto, do ponto de vista teórico, poderiam estar menos atentos ao início da doença). A maioria apresentou lesão espessa e ulcerada, conseqüentemente de maior risco para metástases. Essa forma de câncer é desconhecida do público em geral e mesmo por boa parcela da classe médica.
ASSUNTO(S)
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