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Mesotelioma peritoneal em cão: relato de caso

Este estudo descreve os achados anatomopatológicos e imuno-histoquímicos do mesotelioma peritoneal em um cão da raça Setter, de nove anos de idade e sem histórico clínico. À necropsia, foram observados vários nódulos que variavam de alguns milímetros a 2cm de diâmetro, de superfície lisa, esbranquiçados, firmes e distribuídos amplamente pelos peritônios parietal e visceral dos órgãos abdominais e pelo funículo espermático. Histologicamente foram evidenciados ninhos de células mesoteliais neoplásicas envoltos por grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso. Essas células apresentavam-se fusiformes ou epitelióides com citoplasma vacuolizado e núcleo oval com cromatina frouxa e nucléolo evidente. Havia também algumas formações císticas revestidas por uma ou mais camadas de células neoplásicas achatadas ou colunares e com o lúmen ocupado por debris celulares e material eosinofílico, PAS-positivo. Áreas de metaplasia cartilaginosa e de necrose também foram visualizadas. O resultado das reações imuno-histoquímicas revelou a presença de células neoplásicas com imunomarcações fortes e difusas para proteína S100 e para citoqueratina (AE1/AE3) e ausência de marcação para vimentina e para o antígeno carcinoembrionário (CEA). A imunomarcação das células neoplásicas com a utilização do anticorpo contra célula mesotelial humana (HBME-1) foi forte e multifocal. Com base nos achados anatomopatológicos e imuno-histoquímico, firmou-se o diagnóstico de mesotelioma peritoneal esclerosante.