Metabolismo da glutamina em caninos sadios e enfermos. / Glutamine metabolism in healthy and sick dogs.
AUTOR(ES)
Telga Lucena Alves Craveiro de Almeida
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012
RESUMO
A glutamina (GLN) é produzida por diferentes tecidos através da enzima glutamina sintetase (GS), sendo que o tecido muscular, devido à sua extensão, é o maior produtor desse aminoácido, seguido pelos pulmões, fígado, e placenta. Os enterócitos e as células do sistema imune são os maiores consumidores. Durante as infecções graves e enfermidades que produzam catabolismo há uma degradação elevada da GLN que pode ser compensada, até determinado ponto, pelo aumento da expressão da GS. Para se compreender melhor o metabolismo da GLN nos caninos, sadios ou não, foi desenvolvido um experimento que objetivou determinar a [GLN] e outros metabólitos sanguíneos associados ao metabolismo das proteínas em caninos sadios, doadores e não doadores de sangue, naqueles com câncer ou outras enfermidades graves. Foram colhidas amostras de sangue de cento e trinta e três (133) animais, divididos em quatro grupos: sadios, com câncer, doença infecciosa grave, e doadores de sangue. Nas amostras de sangue determinaram-se [Glutamina], [Glutamato], [Uréia], [Creatinina], [Proteína plasmática total] (PPT), [Glicose], [Fibrinogênio] e hematócrito. Também foi determinado o índice de escore corporal (IEC). Os resultados foram analisados pelo ANOVA, com significância de 5%, e pelo teste de Tukey com pos hoc, com P<0,05. Os resultados indicaram que não houve diferença estatística entre o IEC no grupo com câncer quando comparado ao grupo dos sadios (P>0,05), mas houve diferença quando estes foram comparados aos grupos doadores de sangue e os com doenças infecciosas (P<0,05), sendo que estes últimos apresentavam IEC mais baixos. As [GLN] e [GLN+GLU] foram significativamente mais baixas que nos animais sadios (P<0,05), sendo que o grupo com câncer, grupo com doenças infecciosas graves e o grupo de doadores apresentaram reduções de aproximadamente 73%, 88% e 82%, respectivamente, na [GLN]. Observou-se uma elevação significativa na [Creatinina] nos grupos doadores e com doenças infecciosas graves quando comparados aos animais sadios (P<0,05). Não ocorreram diferenças nas [Ureia], [Fibrinogênio] e [Glicose] entre os grupos (P>0,05). A [PPT] foi mais elevada no grupo com câncer (P<0,05) e o hematócrito no grupo doadores (P<0,05). Conclui-se, então, que nos grupos de animais enfermos e doadores de sangue, a degradação da GLN é elevada, o que pode comprometer a disponibilidade desse nutriente para os tecidos consumidores durante a evolução das enfermidades e pode dificultar a recuperação. O estabelecimento de um tratamento higiênico-dietético com a suplementação de GLN poderá ser um importante suporte nutricional para os enfermos ou doadores de sangue.
ASSUNTO(S)
aminoácido glicose caquexia medicina veterinaria amino acids glucose cachexia câncer
ACESSO AO ARTIGO
http://200.17.137.108/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1475Documentos Relacionados
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