Methyl and total mercury found in two man-made Amazonian Reservoirs
AUTOR(ES)
Kehrig, Helena A., Palermo, Elisabete F. A., Seixas, Tércia G., Santos, Helder S. B., Malm, Olaf, Akagi, Hirokatsu
FONTE
Journal of the Brazilian Chemical Society
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Metilmercúrio (MeHg) e mercúrio total (Hg) foram determinados em amostras de água e peixe coletadas em dois reservatórios da Amazônia Brasileira, que apresentam diferentes características limnológicas e ecológicas. As amostras de água de Tucuruí, reservatório mesotrófico com águas claras, apresentaram a concentração de Hg (12,7 ± 8,4 ng L-1) superior à encontrada em Balbina (2,2 ± 0,5 ng L-1), que é um reservatório oligotrófico com águas escuras. Nem Cichla spp. (peixe piscívoro), nem Geophagus surinamensis (peixe onívoro) apresentaram diferença significativa nas concentrações normalizadas pelo comprimento de MeHg e Hg no músculo, entre os dois reservatórios. MeHg e Hg aumentaram com o peso e o comprimento do Cichla spp. e, também, com o posicionamento trófico na cadeia alimentar. O fator de bioconcentração (FBC) do Hg aumentou com o nível trófico dos peixes, do onívoro (10³) para o piscívoro (10(4)). Os peixes de Balbina, ecossistema naturalmente rico em matéria orgânica dissolvida, apresentaram maior FBC. Não somente as diferentes características limnológicas e ecológicas, mas também o hábito alimentar dos peixes parecem ter influência nas concentrações de mercúrio nestes organismos.