Microfascismos em nós: práticas de exceção no contemporâneo
AUTOR(ES)
Fonseca, Tania Mara Galli, Thomazoni, Andresa Ribeiro, Costa, Luis Artur, Souza, Vera Lúcia Inácio de, Lockmann, Vivian da Silva
FONTE
Psicologia Clínica
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Este artigo busca traçar um olhar sobre as práticas de exceção na contemporaneidade. Interessa-nos colocar uma lente nesse cenário em que a vida biopolítica foi presa nas tramas da lei, nas transversalidades dos poderes e que acaba por constituir a vida nua. Deste modo, tomaremos como emblema dessa questão o início da organização dos manicômios no Brasil e o campo de concentração nazista para pensarmos a constituição dessas fascistas práticas de exceção na modernidade e sua ruptura-continuidade no contemporâneo. Microfascismos em nós - práticas de exceção no contemporâneo - refere-se ao hoje de nossas atitudes que podem assumir um viés no qual o outro, como diferença, é visto como ameaça e, assim, evitado. Não enclausuramos o outro em muros limites, porém o ignoramos e não nos deixamos afetar por ele no nosso cotidiano. Utilizar a concepção de uma vida imanente pode nos ajudar a ultrapassar as transcendências microfascistas dos fragmentários estados de exceção atuais e problematizar o campo dos direitos humanos, não para sua dissolução, mas para abri-lo à indeterminação dos acontecimentos.
ASSUNTO(S)
biopolítica práticas de exceção direitos humanos