Mobilidade cotidiana e as taxas de vitimização por acidentes de trânsito: o que é possível enxergar a partir dos dados censitários?
AUTOR(ES)
Bertho, Ana Carolina Soares, Aidar, Tirza
FONTE
Rev. bras. estud. popul.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-08
RESUMO
ResumoEste estudo avalia como a exposição ao risco de acidentes de trânsito pode ser potencializada pelas condições de mobilidade cotidiana dos indivíduos. Para isso, foram usados dados do Boletim de Ocorrência de acidentes fatais e não fatais de Campinas (SP) em 2009 e do Censo Demográfico de 2010. Os locais de residência das vítimas foram georreferenciados, permitindo o cálculo de taxas de vitimização por acidentes por área de ponderação que, por sua vez, foram relacionadas com informações socioeconômicas e de mobilidade. Embora as conclusões não possam ser inferidas em nível individual, observou-se que em áreas com maior proporção de pessoas com baixa renda há menores taxas de acidentes. Por outro lado, verificou-se correlação negativa entre áreas com maior proporção de pessoas com alta renda e taxas de vitimização de motociclistas. Os resultados mostram correlação positiva entre áreas com maior proporção de pessoas com renda domiciliar per capita de 1 a menos de 2 e de 2 a menos de 3 salários mínimos e taxas de vitimização por acidentes, bem como entre aquelas com maior proporção pessoas de 25 a 39 anos com ensino médio completo. Os resultados reforçam um possível uso desigual das vias públicas, onde quem pode se desloca com segurança e quem não pode se desloca pouco e, quando tem condições econômicas mínimas, o faz com pouca segurança.
ASSUNTO(S)
acidentes de trânsito mobilidade cotidiana desigualdades em saúde
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