Modelo preditivo integrado para a presença de câncer de próstata utilizando dados clínicos, laboratoriais e ultrassonográficos

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Col. Bras. Cir.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO Objetivo: desenvolver um modelo preditivo para estimar a probabilidade de câncer prostático previamente à biópsia. Métodos: de setembro de 2009 até janeiro de 2014, 445 homens foram submetidos à biópsia prostática em um serviço de radiologia. Pacientes com doenças que pudessem comprometer a análise de dados, submetidos à ressecção prostática ou usando inibidores de 5-alfa-redutase foram excluídos do estudo. Dessa forma, 412 pacientes foram selecionados. Variáveis incluídas no modelo foram idade, antígeno prostático específico (PSA), toque retal, volume prostático e achados ultrassonográficos anormais. Curvas de Características Operacionais (ROC) foram construídas e áreas sob a curva foram calculadas, assim como os Valores Preditivos Positivos (VPP) do modelo. Resultados: dos 412 homens, 155 (37,62%) tinham câncer de próstata (CAP). A média da idade foi 63,8 anos, a mediana do PSA foi 7,22ng/ml. Além disso, 21,6% e 20,6% dos pacientes apresentou anormalidades no toque retal e imagem sugestiva de câncer pela ultrassonografia, respectivamente. A mediana do volume prostático e da densidade do PSA foram 45,15cm3 e 0,15ng/ml/cm3, respectivamente. Análises univariada e multivariada demonstraram que apenas cinco fatores de risco estudados são preditores de CAP no estudo (p<0,05). A densidade de PSA foi excluída do modelo (p=0,314). A área sob a curva ROC para predição de CAP foi 0,86. O VPP foi 48,08% para sensibilidade de 95% e 52,37% para sensibilidade de 90%. Conclusão: Os resultados indicam que informações clínicas, laboratoriais e ultrassonográficas, além de serem facilmente obtidas, podem estratificar melhor o risco de pacientes que serão submetidos à biópsia prostática.

ASSUNTO(S)

neoplasias da próstata biópsia antígeno prostático específico

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