Modelos de sÃries temporais na obtenÃÃo de estimativas em casos de doenÃa meningocÃcica

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2005

RESUMO

A doenÃa meningocÃcica tem grande importÃncia para a saÃde pÃblica figurando entre as principais causas de morte na infÃncia em todo o mundo. No panorama mundial, o continente Africano à o mais acometido, principalmente nos paÃses que compÃem a Ãfrica sub-saariana. No Brasil, a doenÃa se caracteriza por surtos isolados em vÃrios estados, sendo, em 2003, as regiÃes Norte e Sudeste de maior incidÃncia com 2,01 e 2,18 casos por 100.000 habitantes, respectivamente. Pernambuco, nesse mesmo ano, teve incidÃncia de 2,16 casos por 100.000 habitantes, sendo responsÃvel por  dos casos da regiÃo Nordeste. Haja vista a grande particularidade da doenÃa meningocÃcica no que se diz respeito a distribuiÃÃo temporal, com grandes variaÃÃes, sazonalidades e ciclicidades, à necessÃrio que se desenvolva uma metodologia capaz de analisar, com poder de prediÃÃo, as variaÃÃes e mudanÃas no nÃmero de casos dessa doenÃa ao longo do tempo. Objetivando descrever a sÃrie histÃrica e buscar um modelo de sÃries temporais mais adequado para a prediÃÃo de casos de doenÃa meningocÃcica no Recife, tendo como perÃodo base os anos de 1990 a 1992, foram aplicados os modelos SARIMA e o exponencial de suavizamento de WinterÂs, na prediÃÃo do nÃmero de casos para o ano de 2003, comparando a acurÃcia dos modelos pelas medidas de variaÃÃo MAPE, MAD e MSD. Os resultados mostram uma incidÃncia mÃdia de 5,12 casos por 100.00 habitantes, sendo o distrito sanitÃrio VI o mais incidente. A predominÃncia foi masculina (54,5%), sendo os menores de 9 anos responsÃveis por 65% dos casos. A letalidade foi de 17,1% em todo o perÃodo e, segundo o sorogrupo, o tipo B foi o mais freqÃente com 35%, havendo 61% dos registros sem informaÃÃo do sorotipo. Analisando a sÃrie, houve uma tendÃncia linear crescente de 1,2% ao ano (p = 0,0095), assim como, uma variaÃÃo sazonal tendo os meses de abril a julho um aumento no nÃmero de casos. Quando comparados os modelos, o SARIMA (2, 1, 2) x (0, 1, 1) apresentou melhores resultados que o suavizamento exponencial, tendo ajuste mÃdio aos dados observados tanto durante todo o perÃodo quanto na prediÃÃo dos 12 meses em 2003, apresentando variaÃÃes de 34,4% e/ou 1,73 casos, enquanto que o modelo de WinterÂs teve variaÃÃo de 49,7% e/ou 2,09 casos. Na avaliaÃÃo da acurÃcia dos modelos, se propÃe o modelo SARIMA o mais adequado na prediÃÃo de casos de doenÃa meningocÃcica no Recife, para servir como suporte ao programa de controle e vigilÃncia dessa tÃo importante enfermidade

ASSUNTO(S)

modelos de sÃries temporais doenÃa meningocÃcica saude coletiva prediÃÃo de casos modelo sarima (sazonal auto-regressive integrate of moving averages)

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