Morbidade materna auto-referida e fatores associados entre mulheres brasileiras

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

OBJETIVOS: Os estudos demográficos de saúde podem constituir fonte valiosa de informação sobre a morbidade materna, especialmente nos locais onde ainda não foi desenvolvido um sistema de vigilância epidemiológica integrado e de ampla cobertura geográfica. MÉTODOS: Este estudo consiste na análise secundária do banco de dados da última Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde, realizada no Brasil, em 1996. Foram analisados os dados referentes à operacionalização da pesquisa, as características das mulheres entrevistadas que tiveram gestações resultantes em nascidos vivos nos cinco anos precedentes ao inquérito, as características da assistência obstétrica e das complicações referidas por estas mulheres. RESULTADOS: As respostas de um total ponderado de 3.635 mulheres foram analisadas. Foram observadas diferenças significativas (p<0,001) entre os domínios geográficos para a maior parte das características estudadas. A assistência ao parto foi predominantemente hospitalar em todo o país. A prevalência de morbidade materna referida oscilou entre 15,5% e 22,9% nos diferentes domínios geográficos analisados. Este fator geográfico esteve associado a diferenças de risco para a ocorrência de complicações em geral e, mais especificamente, para a ocorrência de trabalho de parto prolongado. CONCLUSÃO: Estas diferenças em morbidade possivelmente refletem o intrincado relacionamento existente entre as determinantes do desenvolvimento humano e as condições de saúde materna.

ASSUNTO(S)

morbidade materna near miss inquérito demográfico de saúde brasil

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