Morfologia de estruturas sensoriais em pernas e antenas de Agelaia pallipes (Olivier), Polybia paulista (Ihering) e Mischocyttarus cassununga (Ihering) (Hymenoptera: Vespidae)

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-12

RESUMO

Entre as estratégias de comunicação utilizadas por animais o som é uma das mais importantes. Nos Hymenoptera destacam-se como órgãos auditivos o órgão subgenual, localizado na porção proximal da tíbia, e o órgão de Johnston, localizado no segundo segmento da antena. O objetivo do presente trabalho foi analisar morfologicamente tais estruturas em Agelaia pallipes (Olivier), Polybia paulista (Ihering) and Mischocyttarus cassununga (Ihering). As tíbias e antenas das três espécies foram retiradas e fixadas em glutaraldeído a 2% em tampão cocodilato de sódio 0,2 M, pH 7,4 durante 2h a 4ºC. Uma pós-fixação seguiu-se em tetróxido de ósmio a 2% no mesmo tampão. Nas espécies estudadas observaram-se semelhanças quanto à forma, localização e tamanho do órgão subgenual (OSG) e órgão de Johnston (OJ). O OSG apresentou a forma de um cone constituído por células nervosas presas à parede interna da tíbia em pontos laterais e opostos. Tal estrutura e sua localização parecem estratégias para a percepção de estímulos vibratórios decorrentes do substrato. No pedicelo das antenas das três espécies observaram-se células sensoriais do OJ, dispostas radialmente e terminando na conexão cuticular entre pedicelo e flagelo antenal. Esse arranjo permite ao OJ detectar estímulos vibratórios. Neste trabalho não foi analisada a possível relação entre a morfologia das estruturas sensoriais e o desenvolvimento da audição nas diferentes espécies estudadas.

ASSUNTO(S)

Órgão subgenual órgão de johnston estímulo vibratório mecanorecepção

Documentos Relacionados