Morfologia em alta resolução espacial de estrelas de tipo Mira e R Corenae Borealis / Morfologia em alta resolução espacial de estrelas de tipo Mira e R Corenae Borealis
AUTOR(ES)
Izan de Castro Leão
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
As variáveis de tipo Mira e R Coronae Borealis (R CrB) estão em estágios evolutivos muito avançados e acumularam em seus entornos uma espessa camada do material estelar. Apresentamos um estudo morfológico detalhado, em alta resolução espacial, sobre os ambientes em torno da estrela IRC+10216, a variável de tipo Mira rica em Carbono mais proxima da Terra; o Ceti, o protótipo da classe Mira; e RY Sagitarii (RY Sgr), a variável de tipo R CrB mais brilhante do hemisfério sul. Imagens de IRC+10216, nas bandas J, H, K e L, comótica adaptativa e alto intervalo dinâmico, e imagens de alta profundidade no visível, com alta resolução angular, coletadas com os instrumentos VLT/NACO e VLT/FORS1, foram analisadas, assim como observações NACO de o Ceti nas bandas I e J. Observações de RY Sgr, com o interferômetro VLTI/MIDI, nos permitiram explorar as regiões mais internas em torno da estrela central. O entorno de IRC+10216 apresenta, no infravermelho próximo, concentrações de matéria (grumos), cujos movimentos relativos parecem mais complexos do que aqueles propostos em estudos anteriores. No visível, a maioria das conchas não-concêntricas, localizadas nas camadas mais externas do envoltório, parece ser composta de outras conchas menos espessas. Globalmente, a conexão morfológica das conchas e da bipolaridade da nebulosa das camadas mais externas, com os grumos das regiões mais internas é complexa e de difícil interpretação. No entorno de o Ceti, resultados preliminares estariam indicando a presença de possíveis grumos. Nas regiões mais internas de RY Sgr (.110 UA), duas nuvens de poeira foram detectadas em épocas diferentes, dentro de um envoltorio gaussiano variavel. Com base numa criteriosa verificação, a primeira estava a 100 R (ou 30 UA) do centro, ao longo da direção leste-nordeste (modulo 180o) e a segunda tinha quase o dobro da distância e direção aproximadamente perpendicular. Este estudo introduz novos vínculos sobre a história da perda de massa das variáveis estudadas e sobre a morfologia de suas regiões mais internas
ASSUNTO(S)
imageamento poeira estrelas interferometria fisica
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