Morphogenic and structural characteristics and forage accumulation of Panicum maximum cv. Tanzania under different intensities and frequencies of grazing / Características morfogênicas, estruturais e acúmulo de forragem do capim Panicum maximum cv. Tanzânia submetido a intensidades e freqüências de pastejo

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O manejo do pastejo deve visar à otimização do processo de acúmulo de forragem, de maneira que a maior parte das estruturas de crescimento, como folhas e colmos, seja colhida em estádio de desenvolvimento que não comprometa o desempenho dos animais, e que as perdas pelos processos de senescência sejam minimizadas. Por isso, o conhecimento de estratégias de manejo que permitam estabelecer as alturas de pré e pós-pastejo devem ser estudadas, no sentido de se estabelecer metas que minimizem perdas e garantam a perenidade do pasto. O experimento foi realizado em área do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais, durante o período de novembro de 2005 a outubro de 2006. O objetivo foi avaliar as características morfogênicas e estruturais, a dinâmica do perfilhamento e o acúmulo de forragem do capim Panicum maximum cv. Tanzânia submetido a freqüências e intensidades de pastejo. Os tratamentos corresponderam a combinações entre dois intervalos entre pastejos baseados na interceptação luminosa (IL) pelo dossel durante a rebrotação (90 e 95% de IL) e duas intensidades de desfolhação (alturas pós-pastejo de 30 e 50 cm), sendo o mob grazing, o método de pastejo utilizado. Estes foram alocados às unidades experimentais (piquetes) segundo um arranjo fatorial 2 x 2, em delineamento experimental de blocos completos ao acaso, com três repetições, totalizando 12 unidades experimentais, e receberam as seguintes denominações (90/30, 90/50, 95/30 e 95/50). Foram avaliadas as alturas de pré e pós-pastejo, massa e acúmulo de forragem e as características morfogênicas e estruturais dos pastos. As avaliações nos perfilhos marcados foram realizadas logo após o pastejo e em intervalos sucessivos de três dias. A altura do pasto em pré-pastejo comportou-se de forma homogênea e pouco variável, com valores próximos aos 65 e 75 cm para metas de 90 e 95% de IL, respectivamente. Pastos manejados a 50 cm de altura pós-pastejo apresentaram maior número de ciclos de pastejo (7,5) que pastos manejados a 30 cm (6,5), em virtude dos menores intervalos entre pastejos. Porém, o maior número de ciclos de pastejo não foi suficiente para compensar a menor eficiência de colheita nesses tratamentos, implicando em menor acúmulo de forragem ao final do período experimental. As características morfogênicas e estruturais foram afetadas pelas épocas do ano. As taxas de alongamento e aparecimento de folhas no verão foram 2,5 vezes superiores àquelas registradas no outono e inverno/início da primavera. Além do efeito de épocas do ano, foi verificado o efeito de altura pós-pastejo, responsável pela maior renovação de perfilhos durante o verão. Os maiores acúmulos de forragem ocorreram nos tratamentos 95/30 e 90/30. Essa superioridade foi conseqüência, principalmente, do elevado acúmulo de lâminas foliares, principalmente nas épocas de final de primavera e verão. Considerando-se que as maiores massas e acúmulo de forragem, as maiores porcentagens de lâminas foliares e menor participação de material morto, e estabilidade da população de perfilhos, o manejo de pastejo do capim-tanzânia sob lotação rotativa deve ser feito quando 95% da luz incidente estiver sendo interceptada, ou seja, uma altura pré-pastejo de 75 cm e a saída dos animais com 30 cm de altura pós-pastejo. Quando os pastos chegarem em condição de pastejo muito próximas (70 cm de altura), é possível flexibilizar o manejo permitindo a entrada dos animais um pouco mais cedo, com 90% de IL ou 65 cm de altura, sem prejuízos para a produção e produtividade dos pastos.

ASSUNTO(S)

intensidade forage frequency grass pastagem e forragicultura morfogênese freqüência intensity capim manejo morphogenesis management

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